Transcript of VENDRAMINI EX POLICIAL DE ROTA - SNIDER CAST - #318 PARTE 2
Danilo SniderO que é o nome de Où Où Où Où Où Où Où O Voltamos aqui, parte dois. Parte dois aí. Se a galera está na nossa live lá, comenta que nós estamos aqui.
Rani, eu estou ligando aqui na grabiarra, hein?
Estou ligando aqui, pegando a internet do vizinho.
Demorou, meu irmão. Valeu. Depois, eu te dou galinha para você tomar café. Vamos lá, irmão. Onde nós? Parou? Pode continuar que a outra lágrima ia continuar lendo.
É, eu estava contando. Então eu falei para o capitão Lagarrada que eu queria continuar na matutina. Isso... Aí eu já era titular, sentava na viatura do lado, na janela, tal. Aí nós estávamos patulhando ali perto do Iberapuera, com a Rua dos Estados Unidos, com a Major Tia Farele, aí jogou na rede dois ladrões do interior de uma transportadora, transportadora Fink. Vamos para lá, e é a viatura, aquelas antigonas, com o câmbio aqui na mão, tal, era três margens, e ela virava para cá, para lá, e nós chegamos no local, aí o sargento, o Arilsby, desceu junto com outro policial. Não, o Arilsby era o soldado que estava comigo, o nome do sargento não me lembra agora. Eles desceram e entraram pela frente da transportadora. E eu com o Dantas, que era o motorista, nós saímos rodando pela rua a transportadora. De repente, eu estava sentado no banco de trás, o camarada me pula, nós saímos devagarzinho, ele pula na calçada, conforme ele pula na calçada, com a arma na E eu de dentro da viatura, conforme ele pulou com a arma na mão, eu... Eu não sei, foi uma cagada de primeira, não é? Afertei o peito do cara, bicho.
O cara pulou, eu tomei aquele susto, meu. O cara com o armado na mão, eu atirei. Aí o cara caiu.
No seu parceiro?
É, aí o cara caiu. Aí colocamos o Danta, já policial antigão. Mas estava com colete? Não tinha colete, porra, nenhum. Não tinha nada naquela época. Naquela época, não tinha nada. Caralho, você deu tiro no policial? Não, eu dei tiro no bandido.
Ah, no bandido?
Por exemplo, o sargento e o soldado entraram pela porta da frente da transportadora. E eu, com a viatura, o Dantas dirigindo, ia eu sentado no banco de trás, do lado esquerdo. Nós estavam passando pela calçada, onde era o muro da transportadora. De repente, na semana devagarzinha, tinha muro assim, o ladrão pulou de lá para a calçada, acho que ele não viu a viatura. Ele pulou e ele caiu na minha frente, cara. E ele caiu na minha frente uma distância de acho que três metros, ele caiu na calçada. Aí, conforme ele caiu, ele já caiu com a arma na mão, ele caiu, pau. Não, foi no susto. No instinto, mano. Foi no susto, eu não sei como eu acertei o cara. Aí o cara caiu. Aí o cara caiu, Dantas, antigão, tal. Vamos socorrer, nós socorremos o camarada e eu lembro que eu fiquei, acho que até hoje, cara, eu fecho o olho, eu vejo aquele cara na minha frente, cara. Que pai, mano. Foi o primeiro, então, me marcou muito. Eu dormi à noite, eu fechava o olho, eu vi o cara, eu vi a cara dele, conforme ele caiu assim, sabe? É coisa muito rápida, mas marca, parece que na cama era lenta.
Marca. Aí eu passei umas noites, dormi assim, eu acordava sobressaltado, o susto que eu tomei também. Aí depois, veio outra, veio outra, veio outra, aí o negócio foi indo. Aí eu fui para a vespertina, fui para a noturna, aí tudo bem. Você vai indo, você... O cuira baixou, não é? Você Você se acostuma com o dia a dia, você acaba acostumando com a violência. Tanto que minha mãe na época, falava: Filho, você era tão diferente. Porque eu era desenhista, eu desenhava quadros, eu pintava óleo, eu tinha dom assim maravilhoso. Aí o serviço policial me tirou esse dom, porque era só violência que eu via, só violência, só violência, só violência. Mas eu consegui levar contento e, graças a Deus, eu Eu falo com orgulho, cara. Eu trabalhei para a população de São Paulo. Eu quase que dei a minha vida para a população de São Paulo. Não me arrepento, não me arrepento de nada que eu fiz, porque tudo que eu fiz na minha vida, e digo isso para todas as pessoas, façam sempre de consciência limpa. Nunca, a pessoa pegou e tipo: Eu nunca tomei álcool na abertura, nunca vi colega meu tomando. Era todo mundo sério, como advogado.
Quando eu comecei a advogar, porque no júlio, Eu fui bem diferente dos colegas. Até hoje, eu sou diferente no júri. Na época, quando eu comecei no júri, tinha uns advogados, otário, que falava: O Vendrê Menecer, você mexer alguma coisa para fazer júri? Porque eu era elétrico, cara. Eu sabia de tudo, eu guardava o processo inteiro na cabeça, cara. Eu olhava para o advogado e falava: Vai te a merda, rapaz. Não precisa dessa bosta, não. Aqui é coisa minha mesmo. Meu Exu, velho, que vem e me figura e leva eu lá, cara. Está entendendo? Bravão, não é? Bravão. Então os caras vieram perguntar: Você cheira alguma coisa para fazer porque você se transforma. E eu me transformo. Eu não sei o que acontece comigo no tribunal do júlio. Quando o juiz fala: a defesa tem a palavra, que eu levanto. Até hoje, eu ainda fico nervoso. Até hoje, com mais de 500 plenários. Quando eu levanto, que eu começo a cumprimentar o juiz, é onde eu vou dando uma acalmada, entendeu? Aí, de repente, se você me perguntar o que eu falei em uma hora e meia ou duas horas e meia, eu não lembro o que eu falei.
Eu não consigo lembrar, cara. Eu não lembro, uma coisinha ou outra eu me lembro, mas a coisa sai tão espontânea da minha pessoa, que eu acho que Deus se faz esse presente naquele momento, porque eu sinto isso. Eu sinto calor, eu sinto negócio diferente quando eu estou no júri, porque não é possível. O que eu consegui de vitórias na minha carreira, o que eu fiz, até Deus duvida o que eu fiz no plenário do Júlio, que eu não sei como é que eu não fui preso. Eu fiz o júri sentar com o dedo na cara dele, cara, no plenário do júri. Mas eu estava certo. O juiz não teve coragem de abrir a boca para mim. A única coisa que ele estava sentado e eu falando assim, ele falou: O senhor não me aponte o dedo. Eu falei: Aponte o dedo, porque eu sou italiano e falo desse jeito. Foi negócio terrível. Então eu sempre tive uma proteção muito grande. Eu fiz júlio de policiais evangélicos, que a família estava assistindo o julgamento. Aí depois, eles vim me contar o que eles viram, assim, ao meu lado. Teve uma vez que quando o juiz falou: A defesa tem a palavra, eu tinha uma aparente lá do PM que era evangélico, ela também era.
Ela falou que ela viu martelo cair do céu assim, bater na tribuna e eu levantar. Aí ela falou que... Aí deu aquela iluminada, eu comecei a falar: Eu acredito nisso porque eu me transformo totalmente. Eu não sei o que... Eu sei o que acontece comigo hoje, mas eu me transformo. Se você me perguntar o que eu falei em duas horas, eu não lembro.
Não, mas deve ter alguma energia aí sim, porque três anos de programa, esse PC nunca desligou.
É, é isso aí mesmo.
Verdade, verdade. Esse PC nunca desligou e olha, já vi gente aqui.
É, é para marcar.
Eu acho que é sinal para você não falar nada.
Não, mas eu creio nisso tudo, porque nossa, já teve situações de pessoas me chamarem depois do julgamento, falava: Vendramini. E eles falavam: Bíblio, eu tinha índio do seu lado. Eu falei: Índio do meu lado? O Agel é cacete. Eu não esquenta a cabeça com essas coisas. Tanto é que eu não tenha uma religião fixa formada. Eu creio em Deus, em Cristo, mas não sou fanático. Ah, é, tinha índio do meu lado. Tinha, eu vi. Você que lá, eu era assim, assim, assado. Falei: Ah, está bom. Mas ele me ajudou? Ajudou? Então está bom. Então é do bem, então está bom, você ajudou, está bom.
Eu acredito. Uma vez, eu estava falando isso daí, eu estava na ocorrência e uma senhora falou assim para mim: Nossa, o show tem o Anjo da Guarda muito bom.
Pois é.
Aí eu falei: Sério, mesmo? Ela falou: Que legal. Ela falou assim: E além de tudo, ele é exibido. Eu falei: Por quê? Porque eu falei assim, ele breu as asas e as asas deles são enormes. Aí eu falei: Porra, que legal, eu vou ter uma nadinha para trás assim, meio que O que eu tenho com medo.
Mas creia, creia. Porque no dia que eu tive o contato extraterrestre... O quê? Você teve o contato extraterrestre, vem, porra? O quê, porra? Sério? Nossa, puta, vamos saber isso aí, porra. Isso foi em 1997. Eu trabalhava com o Conte Lopes lá na Rádio Atual. O Conte me zoou demais, puta merda. O Vendramini, você está vendendo ET? Você dormiu dentro da garrafa, Vendramini? O Conte falou assim: Você dormiu dentro da garrafa, Vendramini? Aí os colegas que eu contava a história, que eu peguei e contei, essa história é no programa do Conte. Aí eu me fudei, porque isso repercutiu. O que é que você viu lá? Eu vi o EP mesmo.
Conte, conte, não, agora conta.
Vai ter que contar para a gente aqui.
Como é que foi o primeiro líder em audiência. Puta merda. O Vendramini, que nós não vamos zoar. Não. Como é que foi o dia? Você estava fazendo o quê?
Eu sempre vi, eu e minha esposa, meus filhos, nós sempre vimos luzes no céu. E lá em Boraceia, o conte de Lopes tem uma casa lá. E a gente ficava numa pousada ao lado da casa dele. E lá é mato, é escuro, a praia é bonito, o céu é limpíssimo. E a gente sempre ia para lá, a gente via luzes no céu, andando para lá, andando para cá, é nave espacial, é nave espacial, tal. E minha minha minha minha minha minha minha minha O que é isso, mano? Ela está assistindo lá, ela vai se encerrar. Vai contar. Aí dia, eu cheguei para o doutor Roberto Okama, é japoneiro, nós crescemos juntos, hoje ele é médico. Eu falei: Roberto, vamos para uma pousada lá em Boracéia, e o filho dele tinha a idade dos meus. Minha filha tinha naquela época, ela tinha 12 anos. O filho dele também, meu filho tinha 11, 10. E o filho dele também. Nós fomos para essa pousada. Eles ficaram numa casinha e eu, me expôs e meus filhos em outra. E à noite, eu e o Japa, meu amigo, nós fomos fazer uma churrasquinha. E tome, tome. Aí já era mais ou menos umas 11h30, mais ou menos, paramos o churrasco.
Falei: Roberto, vamos dar uma volta na praia aí, que eu costumo ver disco voador nessa porra aí. Aí ele falou: Vamos lá, machão. E eu e ele entramos na praia, andamos a pé, tudo escuro. E estava uns 80 metros, 60 metros da casinha até a praia, a areia da praia. Aí eu e ele entramos. Nós entramos, tal, tal, tal, adentramos assim em direção para a água. Aí olhamos para trás, tinha uma redoma no chão, por onde nós passamos, parecia uma barraca, uma redoma iluminada. Eu falei: Roberto, que porra é aquilo lá, cara? Ele falou: É, deve ser barraca. Eu falei: Que barraca? Nós passamos lá não tinha porra nenhuma, cara. É, deve ser alguma casa, eu falei: Que casa, aquela porra é mato. Ele falou: Não, não, não, vamos andando. Aí nós viramos as costas e quando olhamos de volta, não estava mais. Aí o japonês ficou com medo, falou: Vamos embora, vamos embora. Aí voltamos para a pousada. Ele foi dormir e eu fui chamar minha mulher, que ela gosta também, eu falei: O Ben, acorda aí, meus dois filhos estão dormindo. Aí eu expliquei para ela, falou: Vamos lá. Aí ela pegou uma lanterna e eu peguei outra.
E dois cachorrinhos do caseiro acompanhou eu e minha esposa. Aí nós entramos na areia da praia com as lanternas fortes iluminando assim. Aí, de repente, rapaz, começou a fazer barulho, tipo zumbido de abelha. Tomou conta do ambiente, aquele barulho. Falei: Que porra que é essa, minha mulher? Eu falei: Não sei. Aí, de repente, o cachorrinho, que estava do nosso lado esquerdo, ele latia e olhava em direção à praia, à água e voltava. Ele ia para frente e dava ré e voltava. Eu falei: Que porra, e eu estava armado. Naquela época, eu andava com uma 380, estava nas minhas costas. Aí eu falei: Que porra que esse cachorro está olhando assim? Aí eu peguei e iluminei na direção que o cachorro estava latindo e olhando o cara. Aí vinha andando à beira mar, parecia louvo a Deus, alto, mais de 2 metros de altura, a cabeça assim desproporcional ao corpo. E esse que você vê em capa de revista. Ele era de uma cor única, era meio amarelo, mostarda, inteiro, parecia Napa. Aí eu e minha mulher iluminando, ele vinha andando assim, eles dava espaço larga, e ele era magrinho, magrinho, magrinho. Os braços passava do joelho, era comprido, e era magralíssimo.
Aí eu falei para a mulher: E a cabeça desproporcional ao corpo. Falei: Por que porra é essa? Ela falou: Não sei, e era noite de lua, lua cheia. Aí eu falei: Aí de repente, ele parou. Ele parou e virou de frente para nós. Ele devia estar, acho que a uns 60 metros, 70 metros de distância de nós. Aí ele parou e virou de frente. Eu falei: Pega a lanterna, paga a lanterna. Ela apagou a lanterna, você via ele direitinho. Aí ele pegou e veio na nossa direção assim: puta que pariu.
Aí era pinôte, mano.
Era ativo.
Aí era pinótimo.
O que eu puxei a pistola. Eu puxei a pistola e aquele bicho veio vindo. Aí eu peguei e engatelei a pistola. E você sabe como que é pistola, o cão vem para trás. Aí eu baixei a pistola aqui embaixo, conforme eu engatelei assim, eu estava olhando para ele, eu bati a mão no gatilho e a arma disparou entre eu e minha esposa, quase acertei o pé dela. Porra, mano. Bá. Conforme eu fiz aquele clarão de disparo, sumiu o bicho. Em volta dele, tinha vários vultos pequenininhos andando assim, sabe? Bom, aí isso aí depois eu contei no programa do conto, tal, depois os ufólogos foram em casa. Tem aí, se você entrar no YouTube, tem lá Celso e Sonia Vendramini, avistamento, tal, gravaram 38 minutos conosco, ali. O relato meu e da minha esposa. Isso foi no mês de março, e no mês de fevereiro de '97, apareceu o mesmo ser na praia de Caraguatatuba, que Boracé é segmento lá de Caraguatatuba, aquele lado de lá. E muitas pessoas viram. Está na internet, quem quiser entrar aí, viu, é Celci, Sónio e Sônia Vendramini, avistamento ufológico, na época da TV Infa.
Isso daí foi em que ano, 97?
97. O novão, cara, vou dizer uma coisa para você. Se eu não estou com a minha esposa, eu ia procurar psiquiatra, psicólogo, qualquer coisa, mas ela não bebe, minha mulher não bebe. Para dizer que eu vi porque eu bebi, mas eu não estava de fogo. Eu tinha bebido no churrasco, mas não estava de fogo. Minha mulher viu a mesma coisa que eu. E fora isso, isso aconteceu lá em Boracéia. Aí depois, dificilmente eu fui para lá, não vi mais. Mas aconteceram outros fatos, cara, aqui no Jassanão, onde eu morava, aqui no Jassanão, rapaz, ali perto do clube do Guapiro, ali que eu morava. Se aparecer uma nave para nós assim, ela acendeu para mim, para minha esposa.
O cara quer te levar, quer te abduzir.
Eu estava andando com ela na rua... A ver que tomou algum jure lá para você ir lá fazer. Era de noite, era de noite, aquilo acendeu bonito, cara. Da mesma forma que acendeu, apagou e sumiu. E aquilo ficou na retina dos meus olhos até hoje. Minha mulher foi para casa, desenhou tal. Depois, os ufólogos falaram que era uma nave mãe, esse tipo de coisa tal. Mas se você entrar na internet e você vê o relato da minha esposa com relação a isso, o sonho que ela teve, abriram, foi negócio maravilhoso. Aí o que acontece? Eu sou camarada, não sou cético, eu creio em tudo, porque na casa do meu pai há muitas moradas, então seria muito idiotíssiminha achar que só aqui no planeta Terra tem vida.
Eu também acredito.
Mas eu não me aficionei por isso, não me aficionei, não virei fanática, eu falei: Quer saber de uma coisa? Se tiver que aparecer, apareça.
Polícia, não é?
A gente agiu como uma polícia, porque polícia é assim. Eu contei essa história aqui para amigo nosso, Vagnão, você está vendo aí, Vagnão? Vagnão é motoriciclista como eu, não é? O Vagnão, contei para ele, falei: O Vendamini vai tomar banho, rapaz, isso é a história para o boy dormir. Peguei e contei para ele. Essa história, ele não acreditou. Aí eu estou em casa lá, dia, ele liga. Tremendo, gritando: O Celso, o Benzamine, eu falei: O que aconteceu, rapaz? Porra, apareceu para mim? Eu falei: Que apareceu? Querem ser o quê, cara? O que aconteceu, porra? Eu estava vindo pelo Rodo Anel, ele é SPM, eu estava vindo pelo Rodo Anel, parei o carro para fazer xixi, eu parei o carro de quebrada, assim, à noite, de repente eu estou fazendo xixi, assim, eu olhei do meio do mato, uma luz foi saindo do mato, uma luz forte, branca, e parou a uns 10 metros, 15 metros de onde eu estava, parou no meio da pista, do tamanho de uma combi, parou assim, flutuando e ficou 10 metros na minha frente. Aí eu me mijei todo, te falou, eu não vou... Aí de repente, aquele negócio balançou, balançou assim, e foi embora, e subiu.
Porra, será que eles vão vir atrás de mim, eles quer me pegar? Eu falei: bem feito, cara. Você ficou me zoando, ficou me zoando, agora você se ferrou para o Lá no Tebê.
Nossa, eu que não sou doido de te dizer nada, não. Essa porra aparece para mim.
O cara ficou traumatizado, rapaz. Você entendeu? Mas eu não fiquei aficionado por isso. O que tiver que ser, será. Eu creio piamente, José.
O Carlos Aquino falou: Se fosse o Tenente Bahia contando, eu não acreditava.
É, mas são casos interessantes.
Então, essa mulher foi abduzida, como assim?
Então, rapaz, ela estava no quarto, ela viu uma luz assim do lado dela no quarto, mas ela estava meio sonolenta e acabou dormindo. Aí ela disse que ela se viu deitada numa cama de médico, e tinham essas criaturas pequenininhas, esses seres pequenos, que e estavam mexendo na cabeça dela, ela disse que abriram a cabeça dela, ela vinha tudo, ela estava acordada, no sonho, e colocaram algo nela aqui atrás, na cabeça dela. Depois, ela disse que fecharam a cabeça dela tudo direitinho, esse tipo de coisa. No outro dia de manhã, ela levantou com dor no pescoço. Caraca. Aí ela chamou minha filha: Paula, o que eu tenho aqui? A minha filha olhou e falou: Pai, pai, vem ver, vem ver. Aí eu fui lá no pescoço da minha mulher aqui atrás, tinha três pontinhos assim, parecia mais três pontos vermelhos aqui atrás. Caraca, mano. Aí nós conversamos com delegado de polícia, doutor Lattari, que era ufólogo, ele explicou que isso era chip assim, assim, assado, mas se ela não quisesse, seria retirado. E até ela ficou de fazer exame, fazer raio-x para ver se tinha, mas acabou não indo, porque aí sumiu a marca e aquela dorzinha, aquela cintinha também parou.
Aí eu não fui atrás mais? Não, aí lagamos. Aí, do jeitão que eu sou, eu vou falar o negócio do seguinte: Viu, Eter, se quiser, estou à disposição, estou aí. Aí, cara... Aí eu vou cantar igual o Raúl cantava: Seu moço do disco voador, me leve com você para onde você for. O Se garante que é bem melhor que essa merda de planeta Terra que nós estamos vivendo.
Que pariu, viu? Está bom para ser abduzido mesmo, viu mano? Se eu vier algum extraterrestre para cá e ele ficar aqui uma semana, ele pede para embora cara, fala me leve O que é que você faz essa porra aqui, mano?
Você é louco, mano.
Você é louco, você para para pensar mesmo, caralho, isso existe em nós mano. Não existe, você é louco, o bagunhu gigantesco mano.
Eu cheguei a uma conclusão assim, porque a gente tem muita... Coisas que falam com a gente, Mas é falar, assim, é sentir, é sentir que imagina se esse pessoal aparece da noite para o dia com aquelas naves maravilhos, como é que fica o povão fanático, religioso? Os caras se matam. É verdade. Entendeu? Então eles não podem aparecer de repente, que vai ser caos muito grande. Pessoas vão se matar. A religiosidade incutiu na cabeça das pessoas, histórias, que às vezes eu conto isso para algumas pessoas que são religiosas, falando isso é coisa do satanás. Que coisa do satanás? Então imagina se aparece mesmo. Se aparecer, vira o caos. Vira o caos, porque foi tudo induzido anualmente.
E essas pessoas que someem do nada, sem ninguém saber para onde foi, o que aconteceu? Sumiu do nada.
Uma vez eu fui abduzido na época do carnaval.
Foi abduzido no carnaval. Colocaram o chip no seu pescoço, monte de chifle.
Eu fiquei quatro dias desaparecido, depois me devolveram.
Foi a teia, não é?
O chip que ficou no meu pescoço foi as porras que a Dona Cecília me deu.
Você para para pensar, essa aí manda o Vítor Belfort. Ninguém sabe o Samuian está, sumiu do nada.
Tem documentário O que foi, o que foi agora?
Foi sumido, nada, ninguém tem culpa, ninguém viu, ninguém sabe onde foi.
A gente não sabe, cara, como diz, mais mistério entre o céu e a Terra do que sonha a nossa vã filosofia. Exatamente. Então a gente nunca pode dizer: Dessa água, eu não beberei. Nós não sabemos, temos conhecimento, por isso que eu digo, temos que respeitar a tudo e a todos. Então, eu, religiosamente falando, eu sou o famoso Tico Tico no Fubá. Eu frequento todos os lugares, eu gosto de Eu fui batizado na congregação cristã do Brasil, frequente centro de Umbanda, entendeu? Vou no Kardecismo, eu vou em todos os lugares, você pode imaginar, vou no Santo Daime, você entendeu? Então, eu sou muito eclético nesse sentido, porque o caminho é só.
Eu também sou assim porque eu gosto muito de conhecimento.
Conhecimento, cara. Você vai quebrando muito o mito, você vai deixando de... Sabe, você vai sendo mais você. O que? Porque na minha opinião, eu pergunto aí para quem... Os terem espectadores, não, aqui é que é polispectadores, é é podespectadores. O que é Deus? Quem é Deus? O que foi incutido na cabeça nossa pela Igreja Católica? Desde pequeno, eu me recordo que eu ia na igreja, Deus, aquele homem barbudo, barba branca, sentado lá, o homem... Então, com o passar do tempo, você vai desmoronando. Deus é o todo, é a natureza. Eu sou Deus, você é Deus. Nós somos a faísca dele, cara, por isso nós estamos aqui, então é isso aí. Somos todos filhos dele. Opa, sacolinha, faça a sacolinha para a obra de Deus.
Vamos passar a sacolinha.
Mas se eu fosse você, eu tirava o house chipe, porque você deve ter chip aí, porque o computador que aconteceu ali, eu nunca vi não, mano. O Google entrou em conflito, caralho. Fritou, fritou. E aí, desligou a live, a live continuou rolando sem nós mexer, desligou o computador, baguio louco.
Eu não penso que isso aconteceu.
E eu faço desafio. Etes, desça aqui agora.
Olha o que você perde, mano.
Calma, não estou pedindo para espírito, não. Estou pedindo nada disso.
Não, mas o ETs...
Eu estou falando: ia ser da hora, imagina, clarão, uma luz apagar...
De repente, você sabou o que...
Os caras descem, aqui aparece para nós, a live cai e nós, calma, eu estava brincando.
Mas não é assim que funciona. Não é assim que funciona. Quando você menos espera, acontece. Não, não quero... Não adianta você ficar olhando para o céu. Esperando. É quando você menos espera, você é privilegiado, você foi escolhido para ver, porque aos pouquinhos é que vão se mostrando para que não haja uma confusão futuramente.
Certo. Eu creio. Vamos voltar pouco agora, mais entrando na ufologia.
O pessoal está perguntando quando o show foi baleado.
Vamos, vamos contar a bagunha de rota, relaxa, tem ocorrência aqui, o cara falou, pode perguntar as ocorrências aí, tem as ocorrências da Braba. Uma vez eu estava lá na minha casa, aí eu olhei assim, mano, morava lá em Guarulhos, ano passado isso daí. Aí quando eu estou de boa olhando, mano, cheio de nuvem, uma vinte de luz azul à noite, umas estrelas louca, aí começou uma ventania, aí que a pouca eu olha assim, mano, umas 20 luz azul.
Você viu? Estou duvidando de que é.
Saquei do celular, não, mas ali era... A ufologia entrou em contato comigo, eu gravei, postei e falei: Que porra é? Um monte, andando em direção bem alta e sumiu. Eu postei assim. Os caras da ufologia já entram em contato comigo as páginas grandes e falou: O que você viu? Manda para nós, porque aqui na ufologia não é assim. Você viu, postou- Não, fica à duvida. E a gente vai agora pegar o seu vídeo, vamos pegar o aeroporto de Guarulhos, vamos pegar o satélite, o carai, vamos ver o que é. Se for, a gente vai te falar. Se for algum bagulho que não está nada registrado, a gente vai te falar também. No outro dia, a mulher me mandou uma mensagem para mim: Oi, Daniel, tudo bem? Falei: Oi, tudo bem? Ela: Olha, é o seguinte, nesse mesmo horário, era os satélites do Elon Musk que estavam passando nesse mesmo local, perto do aeroporto de Isso eu vi, eu moro em Mariporã hoje.
Eu quando vi os satélites passando, eu ainda falei: Olha a nave espacial, era atrás do outro. É, atrás do outro. E eles tinham uma distância exata do outro, eles não paravam, eles viam.
Só que eu achei estranho mesmo, porque estava uma Um aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aí falou que eles estavam saindo, eles iam sim aliar para continuar.
Não sei, eu vi o satélite do Starlink, mas era uma atrás do outro, numa distância correta.
É, eles fazem isso.
Mas É, está aí, é para quem quiser crer, crer, quem não quiser crer, que se dê.
Eu sou ágil igual o senhor, eu nem duvido e nem acredito, eu fico naquela ali. Eu até hoje não vi, mas se eu ver também, para mim vai ser normal. Eu tenho curiosidade.
Normal não é não, você trombalar o bichão dois metros de alto com os braços andando, você dá e tiro e ninguém vai acreditar em você, é foda.
Assusta mesmo, não é brincadeira não.
Vamos lá, irmão. Ocorrência de rota. Daquela época, teve alguma que você fala assim, fala: Não, teve uma que a gente foi lá que foi foda, sem ser essa que você foi baleada. Uma boa mesmo.
Foram várias ocorrências, porque uma das últimas que eu me recordo, acho que no ano, acho que de No Carandiru, você estava? Eu estava no primeiro Carandiru, que foi em 82, se não me engano. Que teve uma rebelião no Carandiru em 83. Em 82, em 83. Esse eu estava. Eu também estive quando teve uma rebelião em Frango da Rocha, quando teve uma rebelião em Frango da Rocha. E ali quase tomou tiro na cabeça de polícia lá da área. Nós entramos dentro da rebelião, no Presidente do Frango da Rocha, o polícia vem com uma arma na mão assim, apontada assim, é uma frango, não é, meu? E aí ele disparou a arma, sem querer, quase pegou na minha cabeça por trás. Aí eu lembro que tinha oficial lá, deu tapão no meio da oreja dele, cara, eu não lembro quem que era oficial lá. Olha essa merda, o cara quase me acertou. Então eu tive, participei dessas rebeliões, essa última de 92, o Canandiru, eu já tinha saído da Polícia, eu era advogado. E tive ocorrências com assaltante de bancos, uma das últimas que eu recordo que na noturna, nós matamos, matamos não, nós agimos legítima defesa, por dois assaltantes de banco, isso lá na goma deles, goma é a casa, a residência deles.
Eles tinham feito dois bancos, aí troca de tiro lá, os caras para o saco, colocamos na viatura, outra viatura socorreu e nós ficamos preservando o local, levantamos o colchão assim, cara, que tinha dinheiro da idade, dinheiro da idade. Aí pegamos lençolzão grandão assim, amarramos tudo em lençol assim, vamos para a Delegacia. Para Delegacia de Polícia, jogamos em cima da mesa do Delegado para falar: Vamos contar com essa porra aí. Aí chamaram o pessoal do banco para contar. Então, geralmente, as ocorrências são sempre aquilo, quando você vai, porque lá nessa época, ainda hoje, é que eu estava te falando, eu acho mais difícil você ser policial hoje do que na minha época, porque na minha época havia uma paridade de confronto entre o policial e o criminoso. Nós trabalhávamos com revolve 38 Pica-Pau. O marginal, ele tinha o quê? Uma garruxa a dois tiros, uma garruchinha a dois tiros, ou 32 ou 38. Então, ficava uma paridade de confronto, uma paridade de confronto. Agora, o perigo era o mesmo, porque eu fui em velório de amigos meus que morreram na mão de bandido. E hoje, o policial, ele está coado, meu. Como é que eu tiro chapéu para o policial hoje, principalmente para o Rocam.
Para o Rocam, você numa moto, perseguir bandido, cara, você tem que pilotar a moto, você tem que dar tiro, você tem que parar a moto, você tem que descer. Isso aí é super policial, a Rocam. Os caras são super policiais, cara, não é possível. Tanto que quando fundou a Rocam, eu estava na A Rocam, ela foi fundada para ficar no primeiro batalhão de choque, junto com a Rota, Rota Rocam. Mas aí, acabou não dando certo, a Rocam saiu de lá, acho que foi para o terceiro batalhão de choque, se eu não me engano, mas a Rocam foi fundada lá na Rota. Eu lembro que eu estava na Rota, ainda falei lá para o comandante: Poxa, é velho que eu quero ir para Rocam, para lotar a moto, tal, mas meu negócio era na Rota. Então, eu tiro o chapéu para esses policiais, porque o policial de Rocam é super policial, cara. Eu sempre falei isso, aqui, olha. O Rocam é super policial. Eu trabalhei muito tempo no Rocam. Não é fácil, bicho. Você pilotar uma moto, você falar no rádio, você segurar uma arma na mão, pilotar moto, descer da moto, prender o cara, trocar tiro.
Poxa, pelo amor de Deus. Agora, você está em uma viatura com quatro, dentro de uma viatura, você está em rota, está à quatro, a Força Tática também, o BAEP, tal. Tem quatro policiais ali. Então, quer dizer, dá para você ter pouco mais de segurança. Mas a Rokan não, cara. A Rokam não. Poxa, tirar chapéu para todos, mas o Rokam está aqui dentro do meu coração, porque não é fácil, não. Eu sei o que é isso, porque eu falo para muitos promotores do tribunal de juros que começa a meter o pau na polícia, eu já cantei de falar, doutor, só quer sentar em uma viatura de rota e fazer patulhamento comigo? Eu falo com o comandante de rota, o senhor assina termo de responsabilidade e vai comigo numa viatura à noite. É ruim. Só quer ir? Em vez de ficar falando coisa que o senhor não conhece aí, quem conhece, foi eu. Foi por isso que eu tive problema com o Marcelo Rezende, num debate que eu tive com ele na Luciana de Mendes, que o departamento de jornalismo me queimou. Ele começou a falar que tem dia de segurança pública, eu sou bocudo, eu falei: Você não entende de porra nenhuma, cara, quem entende, sou eu.
Puta, aí o pau quebrou. Então, eu falei para o promotor: Isso, vamos, vamos sentar em uma viatura, vamos sair, vamos fazer patulhamento na zona leste, zona sul, zona norte, zona oeste, vamos fazer patulhamento, cara. Vamos ver como que é. O que acontece... Eu ia ter júri terça-feira, que eu falei para vocês, lá em São José dos Campos, eu não fui. Graças a Deus, minha voz hoje está boa. Eu, por causa desse tempo seco, tudo mais, eu tive uma amida litre, cara, fiquei inflamado a garganta, eu tive febre. Ontem, eu já fiquei bom, fiquei melhor. Toma injeção, tomei remédio, tomei tudo. E eu não fui fazer esse júri lá em São José dos Campos. Então, o que está acontecendo? Principalmente, a corrigidoria da Polícia Militar, no Enquerto Policial Militar. Eles pegam a filmagem e fazem frames, fotografias, e juntam no processo. O O leigo que olha isso, parece que a ocorrência levou duas horas. Não, aqueles frames foram em questão de segundos que aconteceram.
Segundos, milésimos de segundo, às vezes.
Milésimos de segundo, mas aí não, eles juntam os frames e as fotos, aí o promotor pega no júlio: Olha aqui, o indivíduo estava... Eu vou fazer júlio agora, esse de São José, que foi aquele caso famoso, não vou citar o nome dos policiais aqui, não, de ladrões que roubaram entraram no mercado, colocaram a arma na cabeça de criança, entendeu? Aí depois saíram do mercado, barbarizaram, pegaram o carro e pinote, e a viatura foi atrás. Aí eles bateram o carro, e o policial que estava do lado esquerdo da viatura, bandido, desceu e correu. O outro policial correu atrás. E bandido que estava dentro do carro, desceu com a arma na mão. Isso aí está filmado tudo direitinho. E o policial que desceu da viatura, meteu par, tiro no peito dele. Só que o bandido vagabundo estava de colete, cara. Tomou tiro no colete, caiu. Só ficou a marca no peito dele, mas não morreu. Aí, do lado direito, está o sargento com o fuzil. O cara que estava sentado no banco do passageiro, antes de haver o primeiro disparo, o sargento gritava: Desce, desce, todo mundo, tal. Quando houve o primeiro disparo, esse cara que estava abriu a porta.
Abriu a porta, o sargento viu de fazer movimento com a mão e meteu o bala Tanto que nos frames, você percebe o cara com a mão assim para cima, mas depois ele abaixa a mão como se fosse pegar alguma coisa. E o sargento meteu bala, porque foi tudo questão de segundos. Só que para o ministério público, e para fazer a acusação agora, tem advogado que é cente da acusação lá, eles acham que isso demorou. Não, isso não demorou. Isso foi questão de segundos. Outra. E tem oficial que tocou o IPM, que fala que esse O policial que deu o tiro no peito do cara que estava com colete, agiu em legítima defesa. Mas vai à júri, o promotor não aceitou. E que o sarjeto não agiu em legítima defesa. Eu queria dizer para o senhor, o senhor oficial da Polícia Militar, que legítima defesa, não há necessidade do indivíduo baleado estar armado e nem portar uma arma de fogo. O senhor conhece a legítima defesa putativa imaginária, dependendo do contexto que acontece a situação. Entendeu? O policial pode fazer, claro que pode. E esse juro era para ter sido na terça-feira, e eu me acometi dessa midalite, eu tenho...
Foi esse tempo... Louco, tempo louco. Que eu passei muito mal, eu não pude ir. Eu requeri o juiz que designasse o julgamento e o juiz na inteligência dele, designou o julgamento agora para o mês que vem. Então, o que está acontecendo? A câmera no peito dos policiais, e às vezes celulares filmando, geralmente E há a Polícia Militar, e alguns delegados de Polícia, fazem frames. Eles não colocam o vídeo no processo. Você tem que requisitar, você tem que requerir o vídeo, cara. Eu quero ver o vídeo, meu irmão. Lógico. Não, eles colocam frames, frames, frames. É como se fosse uma ocorrência que levou cinco segundos, pelo frame é 10 minutos. E não é assim. Não é assim. Eu falei para o promotor, uma vez, para a promotora também, eu falei no júlio, falei: Olha, sinceramente, eu queria poder ter uma arma aqui agora e efetuar disparo de arma de fogo aqui dentro, mesmo com projeto de festim. Não vai passar uma agulha, doutor. O forrecer vai morrer de medo sentado aí. Agora imagina o policial ali com tiro, bandido, tudo armado, cometer assalto, colocar o revolve na cabeça de criança e tudo mais, isso em São José dos Campos.
Então eu acho que a população em São José dos Campos tem que dar basta, basta à criminalidade. Ou nós estamos do lado da Polícia, ou nós estamos do lado de bandido. Quem quiser O policial é bandido, leva para casa, porra. Agora, a Polícia está aí para dar protecção para a sociedade. Agora, policial ou bandido, eu nunca defendi. E não vou defender. Por mais que queira me pagar, não defendo policial bandido. Bandido, eu não defendo. É o papamala. Agora, trocou tiro com bandido, com marginal, pode contar com o vendraminha a hora que quiser. E pouco me importa como morreu o bandido. Você entendeu? Porque eu fui policial, eu sei o que policial sente na hora dos tiros, cara. O Você perde a noção de tudo, cara, dá medo, bicho. Dá medo. É isso que eu sempre disse. Esse medo que dá no policial, não faz o policial recuar. Esse medo incentiva o policial a ir à frente, entendeu?
É a diferença do policial para o civil.
Para o paisano. Para o paisano. Mas é o medo que dá, não é brincadeira, ninguém sabe que é estampido de arma de fogo. Você pega promotorzinho que está lá, novinho, de 30 anos, tem poucos anos de idade, ele não sabe que é pipouco, cara, ele não sabe que é tiroteio, não sabe que é disparo de arma de fogo, dá medo, cara. O cara quer falar que não tem medo, está mentindo. Mentindo, eu já falei isso daqui várias vezes. Não é brincadeira, não.
Eu já disse várias vezes, às vezes tem cara que fica... É aqueles matador de podcast, que tem os matador de podcast aí, mano. Aí o cara fala: Não, que eu troquei tiro, bababá, e blá, babá. Cara, você Você coloca tiro, depois que passa, dá pandeiro, você arrebenta no pandeiro.
Você fica voado, você fica voado, porque a adrenalina vai a mil. A mil, cara. Olha que é coisa pior para policial, cara. Além do tiro, lógico, é quando eu estava na viatura de noturna, o Copom jogava: Ladrão no interior de residência ou ladrão no terreno baldio, mato. Mato é filho. À noite. Você tem que entrar, você é polícia. Aí você vai entrar na residência, a residência é tudo fechado, ninguém fala nada, tudo apagado, de noite, você bate na porta, ninguém abre, você tem que entrar para ver o que está acontecendo. Cara...
Aí você é a casa de promotor desse daí, esse promotor, o que ele vai falar à polícia? Polícia, entra lá, vai lá a polícia.
Eu estou falando do medo que dá, cara. E mato, então. Você entra, o cara para atrás...
Mato, cara, você entra dentro do mato para catar ladrão.
E é o conselho... Você já entrou, eu já entrei. No mato, o cara O cara, quando ele está de uma moitazinha, o filho da puta, você entra e tomou o tiro ali, o policial de rota, o... Onde morreu a gente? Não, ele está vivo, tomou tiro para churrasco, isso na minha época antiga, o cara saiu de trás de uma árvore para pegar ele. Ele estava, roubo tal, ele desceu da viatura, estava andando, o cara saiu de trás da árvore, encheu ele de tiro, cara. Ele perdeu, ele se ferrou todo. E depois, hoje, ele está bem, graças a Deus. Mas, eu falo nós, policiais militares, apesar de eu não ter aposentado na PM, eu não aposentei, eu perdi minha base. Você é polícia, é polícia, porra. Matar aqui no meu sangue, cara. É polícia. Eu não me vanglorio do que eu fiz. Eu não gosto de ficar contando para ninguém do que eu fiz, tanto que eu era solteiro na época, eu nunca falei nada para minha mãe, minha esposa nunca ficou sabendo de nada que aconteceu comigo na Polícia Militar. Eu não me vanglloriei disso porque foi uma vida de cão, de cachorro que nós passamos.
Era uma vida muito violenta. E o pessoal quer cobrar o quê do policial? Que o policial seja camarada normal? O policial não é normal. O camarada que enfrenta a criminalidade, ele não é normal. Normal que eu digo, não que ele vai fazer besteira, estuprar os outros, matar os outros, não. Ele, psicologicamente, é diferente de uma pessoa que não atua onde ele trabalha. Cara, você fica numa tensão emocional direto. Eu vim com essa camisa aqui no meu carro, mas eu tiro ela, eu coloco o outro em cima. Eu tenho medo dos caras me assaltar na rua, eu vou me pegar com uma camiseta dessa aqui. Isso é louco. Você entendeu? Então, o que acontece? Eu não tenho mais armas. O governo me tirou as minhas armas. Eu sou CAC. Eu sou CAC, venceu meus CAC, e por causa desse processo que eu estou respondendo de hemofobia, eu não pude renovar meu CAC. O que o exército fez? Mandou para mim lá para me entregar minha pistola e meu revólve, cara, senão eu vou responder por porte ilegal de armas. Puta que par. Tiram a arma que eu preciso, que eu fui policial, eu só defendo o policial, sabe?
Eu tenho minha casa. O cara entrar na minha casa, bicho, se meu cachorro não comer ele, que eu tenho pastorzão lindo, que é policial do COI que treina ele para mim, qual o nome dele mesmo? O que é o nome, cara? Daqui a pouco eu lembro. Daqui a pouco eu lembro. Meu O cachorro está ficando cão, está bom demais mesmo. Se meu cachorro não comeu o cara, eu pico ele na faca, qualquer coisa. Eu vou deixar o cara entrar na minha casa.
E outro, esse é conselho bom, mano. Eu vi isso daí uma vez, uma polícia falando... O Glauco.
Polícia O Glauco do Canil. O Glauquinho, que é o filho do Glaucão.
Na sua casa, quando você for dormir, não deixa as luzes acesas da sala, da cozinha, da varanda, porque quando o cara entra, ele não conhece a sua casa. Entendeu? Exatamente. Então, deixa tudo escuro, porque você O que é que acontece cada canto da sua casa, viu?
Você sabe que o maior medo que eu tenho é entrar dentro da minha residência. Se me pegarem na rua, tudo bem, esse tipo de coisa. Mas é... Sua família está lá... Você na sua casa, com a sua esposa velinha, a sua esposinha querida, você está lá, tua casinha limpinha, bonitinha, aqueles vagabundos doendo na tua casa, tudo maluco, tudo doido, te batendo, dando coronhada, porra. Sinceramente, viu? Eu defendo vocês, policiais militares, defendo com unha, garra, dentre, e O que eu sou, pela minha defesa no tribunal do júri, sabe o que eu faço por vocês? Estou respondendo processos por causa dos policiais militais. Eu não arredo o pé. Eu nunca arredei pé, vocês sabem disso. Então não tem esse papo de eu me calar no tribunal do júri, para juiz ou promotor, para quem quer que seja, para ficar com medo e vou prejudicar o policial. Não, eu vou para cima. Sempre fui e vou continuar assim o resto da minha vida, cara.
Já saiu até na mão, já, nos tribunais?
Já, foi.
Já saiu até na mão, porra.
Conta se você foi baleado.
O dinheiro do promotorzão grandão.
Conta que ele foi baleado e depois tem... O cara mandou aqui para mim que ele atuou no caso dos Highlander, para quem fala que os Highlander mytho não teve.
O cortador de cabeça?
Casa do Calandiru, você atuou também?
Para o Coy e para o Gatti. Aí.
Então, vamos lá, o dia que você foi baleado.
O dia que eu fui baleado, eu estava na rota comando, noturna, com o Tenente... Ti, não lembro o nome dele agora, estou ficando Eu não lembro, eu sou péssimo para guardar nome.
Nossa, eu não guardo nem de onde, mas eu tenho que estar atrás.
Eu estava na Rota Noturna, aí jogaram na rede que o indivíduo numa residência, havia tocado tiros com a Polícia Civil e baleado o investigador. O Tenente Sérgio, eu estava com o Tenente Sérgio. Está rolando agora, não. O Tenente falou: Não, vamos lá. Falei: Tenente, não vamos lá, não, porra. Essa zica aí da Polícia Civil, deixa os caras, meu. À E hoje, o dia da noite, o horário de ir na casa do cara prender ele, o cara era suspeito de homicídio, sabe? Larga essa zica para lá, tenente, deixa na mão da Polícia Civil. Não, não, estamos aqui, vamos lá, vamos lá, estamos lá. Aí nós chegamos. O Tida já tinha sido baleado. A casa do cara, isso é famoso, está no livro do Conte Lopes, inclusive, eu estou lá no livro dele, o Matar ou Morrer, a casa do cara era toda lajeada, só tinha a porta, tinha uma janela aqui e a porta era a casa dele. Aí eu entrei por trás, subi na laje da casa dele e subi no muro, que o muro era largo, igual a mesa que é assim, e eu subi. Eu vou dizer uma coisa para você, eu marquei.
É excesso de confiança. É uma vacilada. Todo mundo que tem excesso de confiança, dança. Exatamente. Aí o que aconteceu? Eu, tudo parado. E eu peguei... E desse muro aqui, eu olhava a janela embaixo. Tinha a janela, eu estava no muro alto assim, e a janela embaixo. Eu olhando na janela, tudo escuro, olhando na janela, tudo escuro, para ver, eu ia pular para dentro. Eu era novão, eu era metido a herói, eu ia pular para dentro. Aí eu olhei, olhei, olhei. Aí eu peguei pedaço de madeira e quebrei a janela do cara. Falei: Vou pular para dentro. Aí o Formigão, que era uma polícia que trabalhava comigo na inventora, eu falei: Formigão, lá da lade, eu falei: Formigão, traz uma bomba de lacrimogênero para mim aí, que eu ia jogar a bomba lá e ia cair para dentro. E virei de novo de frente para O cara me via da barriga para baixo, ele me via da barriga para baixo. Aí de repente eu vi o Clarão, ele jogou no meu joelho, cara. Era 32, entrou na tíbia, varou a tíbia, cara. É que eu era muito forte, cara. Eu era cara muito forte. E o meu osso sempre foi osso muito grande.
A bala varou a tíbia, sabe que é isso? Para não pensar que foi courinho, não é? Varou a tíbia, né? Aí eu, puf, caí no chão, em cima do muro, que era largo. Aí o Terem Tisérgio entrou na frente da janela e deu uma metalheadora lá. Aí os policiais da Força Tática, do Tático Móvel na época, me tiraram de cima de lá e me socorreram. Aí eu na viatura lá, fizeram tourniquete em mim, o sangue espirrava assim que batia na viatura em cima. E eu deitado no banco de casa da viatura, eu não queria desmaiar, cara. Eu prefiro morrer do que desmaiar. Aí eu falei: Desmaiar, eu não acordo mais, não é, bicho? Eu não quero, eu estava ficando zonzo já, eu via tudo aquilo passando e o mais engraçado de tudo, acho que quem foi baleado sabe disso, a língua incha na boca, cara. A língua incha, você fica sede, né? Boca seca. Seca e a língua incha. Aí eu vou morrer, cara, aí eu vou morrer, eu vou morrer. Aí cheguei no hospital, me colocaram na maca, me rasgaram tal, de repente o cara grita lá dizendo: Poxa, chegou outro baleado. Era o tenente Raj.
Também foi baleado, era o Tenente Raj, lá do 16º. Morreu, cara? E aí o...
Mas não foi nessa ocorrência, não.
Nessa ocorrência. O cara baleou o investigador, baleou eu, depois baleou o tenente Raj. O satanagem, se não for. Calma, calma. Você lembra da ocorrência que o Conte contou que... O cara matou monte de polices de rota, baleou... Tem mais baleado ainda, tem mais... O problema é que eu estava na máquina, o cara grita: Poxa, chegou mais baleado aí. Chegou o Tenente Raj morto, pegou no coração dele. Aí, De repente, outro baleado, que era o capitão Gilson Lopes, tomou tiro na barriga aqui, perdeu o rim, o intestino grosso, ele se ferrou, o Gilson se ferrou direitinho. Aí, depois, isso aconteceu por volta de uma meia-noite, meia-noite e pouca, quando foi cinco horas da manhã, o quarto, cinco horas da manhã, o Conti Lopes conseguiu aceitar tiro na cabeça do cara lá de fora. Aí eles entraram na casa do cara, o cara estava com a e acho que dois filhos, no banheiro. A esposa e os filhos estavam trancados no banheiro. Ele ligou o chuveiro, abriu a água, porque isso puxa o gás. Isso aí puxa o gás. E ficou, estava com a esposa e os filhos lá dentro. Aí depois, parece que fizeram levantamento, ele tinha curso de tiro em Cuba, sei lá o quê, mas ele era acusado de homicídio.
Mas tudo isso aconteceu com a Polícia Civil. Eu fiquei ano e pouco afastado da PM, até minha perna voltou ao normal. E aí depois eu voltei para Polícia Militar em 83, não, eu voltei em 84. Aí, já estava tudo tendo mudança. Já tinham transferido o Conti Lopes, já estava mudando, o governo mudou. Você não poderia pôr a mão, você não poderia chegar junto no vagabundo, no ladrão, cara. Colocavam viaturas de rota n oturna para pegar travestina, Cruzeiro do Sul, cara. Estava humilhando a gente demais, você não poderia ir para a periferia, não poderia fazer nada. Aí foi em 85. Falei: Cá Se eu me for me for me for, eu vou sair. Porque se eu ficar aqui, eu vou acabar sendo preso, porque você não poderia fazer mais nada. Você não poderia fazer mais nada. Falei: Eu estou fora. Já estava formado em direito, me formei em 84. Aí eu peguei, no final de 85, eu saí. Aí eu saí... Foi uma tortura minha vida, cara. Ninguém me dava emprego, cara. Eu lembro de emprego que eu fui procurar na Gáestern, joalheiros, precisavam de chef de segurança. Eles pediam formação em direito e experiência em segurança pública.
Falei: É o que eu vou? Minha cara, porra. É eu. É eu. Lavou eu lá. Eu e mais, que devia ter uma meia dúzia, uns oito, concursos, provas, provas, provas, provas, provas, provas, provas, ficou eu e mais cara para final. Aí eu fui fazer entrevista com o diretor de segurança, velhinho. Aí ele pegou minha ficha, senti na frente dele. Só que quando E aí, quando eu preenchi minha ficha, eu não coloquei rota. Eu coloquei Polícia Militar do Estado de São Paulo, onde eu tinha trabalhado. Aí eu falei: Eu estou vendo aqui, sou formado em direito e o senhor trabalhou na Polícia Militar. Onde o senhor trabalhou? Essa é a pergunta fatal. Aí eu falei: Eu trabalhei na área do Choque. Na área do Choque? Sim, mas são três batalhões de Choque. Qual que o senhor trabalhou? Eu falei: Eu trabalhei no primeiro batalhão de Choque. Eu estava evitando falar Rota. O primeiro batalhão de Choque, eu estou a dizer: É Meu nome é César, eu sou o César. O senhor trabalhou lá? Eu falei: Sim, eu trabalhei lá. E o senhor respondeu a alguns processos de homicídio, assim, tudo? Falei: Sim, eu respondi por resistência seguida de morte.
Eu fui julgado no tribunal de Justiça Militar, fui absolvido em tudo, estou sem problema nenhum. Ótimo, ótimo, ótimo, ótimo, o senhor preenche todos os requisitos que nós necessitamos aqui. O senhor aguarde uma cartinha, telegrama nossa. Estou esperando até hoje. Isso foi logo depois que eu saí da PM. E aí, engraçado é que em 83, 84, eu tinha feito concurso público para Chefe de Polícia Civil em Mato Grosso do Sul, e eu passei. E quando eu saí da PM, em 86, eu estava trabalhando na empresa do meu irmão, de transporte marítimo, e me chamaram para fazer academia de polícia lá em Campo Grande. Chefe de Polícia Civil. Aí eu fui. Laguei minha mulher grávida aqui em São Paulo, cara, puta merda. E fui para lá, fazendo academia lá. Cara, não terminei academia, não. Eu saí de lá. O quê, cara? Ali era problema. Ali era problema. Boa, show, divisa com o Paraguai, cara.
Polícia de rota falando o cara para mim, porque o baguio era louco mesmo.
Aí eu falei: Quer saber de uma coisa? Eu não nasci para certas coisas na minha vida. E eu vou acabar... Porque quando eu estava lá, teve uma polícia lá que... Eu sei que mataram o cara, e o cara apareceu com o cladeado na boca, o cladeado na boca do policial. Ele deve ter prendido, feito muitas coisas lá, então era problema. Aí eu peguei e vim embora. Aí vim embora, fiquei desempregado aqui, de Onde eu cheguei novo, desempregado, falei: Cara, foi bater na porta de quem? Só que aí eu não estava divulgando ainda. Aí fui lá. Quem? Meu ídolo. Conti Lopes. Conti Lopes. Deputado. Cheguei e falei: Deputado, eu estou sem trabalhar, Eu não consigo o emprego, saí da PM, saí lá da Polícia Civil de Mato Grosso, não quis ficar lá. Vocês arrumam uma vaga para mim aqui na Assembleia? Ele falou: Eu não tenho vaga aqui não, cara. Infelizmente, eu não tenho. Ele falou: Você não quer entrar na Guarda Metropolitana? Porque naquela época, a Guarda do Jônio era tudo indicação, você entrava para indicação. Logo no começo era assim. Eu falei: eu quero, se for me colocar, eu preciso trabalhar. Está bom. Aí ele me mandou lá e eu entrei como CD, como sargento, com classe extinta.
Agora, paguei meus pecados na Guarda Metropolitana. Quem estiver me ouvindo da guarda aí, sabe o que eu estou falando. Rapaz. E naquela época, a guarda do Júnio, realmente tomava conta de próprios municipais, estátuas, esse tipo de coisa. Puta merda. E aquilo tudo era indicação. Então, você era o chefe, os cara entrava em forma, você tal, tal. Eu colocava os cara na combi, os guarda, e ia distribuir nos postos, nos lugares para eles tomarem conta, lá no arco, na estátua, tal. Aí você voltava para o Rondá, cadê o cara? O cara ia embora. Você dava parte do cara, não adiantava nada, o padrinho dele era forte. Eu falei: Poxa, aí teve final de ano, dia 31, para o dia primeiro. Eu fui trabalhar, todo mundo lá. Eles apareciam para trabalhar, todo mundo lá. Até porque eu trabalhava lá na Sé. Fora o pessoal, o negócio é o seguinte: Vou levar vocês para o posto, depois da meia noite, eu passo lá para rondar todo mundo. Ô, CD, beleza, não sei problema nenhum, tudo bem, tal. Eram vários lados. Deixei todo mundo lá nos postos. Aí quando Quando foi meia-noite e meia, vou rondar os postos, não tinha nada.
Só estava o CD trabalhando. Já estava em casa, o motorista ali. Eu e o meu motorista, eu e o meu motorista. Eu e meu motorista. Eu falei: puta merda, não é? Aí de manhã eu tinha que fazer o relatório. Aí eu fiz o relatório sem novidades. Aí o inspetor regional me chamou. Ele sabe que teve novidades. O CD. Não teve novidades, dia 31, dia 1, eu Não, não, todo mundo permaneceu aí, foi maravilhoso, sem novidade. Parabéns, viu? Muito bom, meu. Muito bom. Aí, depois da guarda, foi aonde eu saí, em 1990, da guarda, fiquei dois anos lá, e aí, em 90, eu comecei a advogar. Entendeu? Aí, eu, foi em 1990, eu comecei a advogar. E já caí no júri logo direto. Em novembro de 1990, fiz o meu primeiro júri. E aí foi, estou até hoje. Passei as dificuldades que eu te falei, bati na porta do conto de Lopes de novo, esse homem me de novo. Sou muito grato a ele. E se não fosse ele, se não fosse Deus, me expôs, Conte Lopes, eu não seria advogado. Então, me ajudou bastante, confiou em mim. Então, eu falo uma coisa para vocês, cara.
Eu na na Polícia Militar, na Guarda Metropolitana, como advogado, na Polícia Militar, eu era camarada que eu chegava junto, mas nunca peguei nada que não fosse meu. Isso sempre foi, a filosofia da rota foi e acho que da maioria dos policiais militares. Então, eu sempre fui assim. E que nem quando eu trabalhei com o José Paradaneto, foi o primeiro advogado que eu trabalhei, Paradaneto era o papa do tribunal do júlio na década de 90. Tem presídio no nome dele aqui em Guarulhos. Eu trabalhava com ele duro, estava duro, fudido, não tinha dinheiro, aquele desespero. Eu li a livro do Laí Rio direto, para mente, não é igual? Aí o Paradaneto falou para mim assim: Celso, você quer ser excelente advogado para sempre na sua vida e ter futuro como advogado? Falei: Claro que eu quero. Ele falou assim para mim: Você seja trabalhador, não seja bobo e seja honesto. Seja trabalhador, não tenha preguiça de trabalhar. A hora que for, você vai trabalhar como advogado. Não seja bobo dentro do processo, saiba defender. E seja honesto com o seu cliente. Nunca minta para cliente seu. Mesmo que você não ganhe dinheiro, mas não minta. Fale sempre a verdade.
Se ele quiser te contratar, ele contrata, mas sempre é verdade. E foi assim que eu fiz. Deixei de defender muitas pessoas que queriam milagres. Eu falei: Não vou fazer isso. Imagina, cara, eu sou homem, eu trato meu cliente primeiro como homem, como pessoa, como eu. E seja mulher, seja homem, policial, feminino, masculino. Então você tem que tratar a pessoa como ser humano, tem que respeitar. Então eu nunca menti. Eu pego o caso, eu olho antes, eu falo: O negócio é o seguinte, meu irmão está feio. Toma, e aí? Eu falo: Dá para partir por Por aqui, por aqui, por aqui. Se você quiser pagar para ver, agora eu não te prometo nada. Eu nunca prometi nada para nenhum cliente meu. Nunca prometi nada. Até eu gostaria de mandar forte abraço para o Camargo, para o Alexandre. Lembra, Camarguinho, lá de Morato, que hoje está com pesqueiro bom. Eu vou lá no seu pesqueiro, cara. Esses meninos aí, eles ficaram presos três anos e pouco, se eu não me engano, acusado de chacinas, tal, esse tipo de coisa. E eu cheguei para eles na época que eu fui defendê-los, eu falei: Vocês confiam em mim? Poxa, Benjamin, plenamente.
Falei: Então vocês não vão sair da cadeia tão cedo. Caralho. Não adianta eu ficar entrando com habeas corpus, eu vou perder os habeas corpus e isso vai ser uma prova contra vocês. Porque quando você faz habeas corpus, se você faz uma habeas corpus, se você soltar policial, se você perder o HC no TJ, isso é prova para o promotor acusar você no plenário, porque ele fala: Está vendo, jurado? O advogado entrou com o HC para soltar o policial que está preso lá. E os desembargadores em número de três negaram o habeas corpus porque ele é culpado, que se ele não devesse nada, teriam soltado ele. Você entendeu? Então a faca de dois gomes. Você dá uma munição para o promotor. Estou dando uma munição. E às vezes tem Isso é que não entende isso. Você vê papo rolando uma vez no Romão Gomes que eu não fazia HC. Não é que eu não faça HC, eu não dou ponto para o promotor. Eu entro para absorver o meu cliente. Para ganhar. Eu entro para ganhar, eu não entro para fazer firula. Eu nunca deixei ninguém advogar como é a carteira da Então eu entro para ganhar, para fazer firula.
Aí esses dois policiais, o Camargo e o Alexandre: Não, Vendaminto, confiame, você faz o que o senhor quiser.
O Camargo, por acaso, é o Antônio Camargo? É. Está aqui, só me absorveu em três tribunais do Júlio. Esse é o melhor, meu eterno agradecimento. Eu estava guardando aqui para falar para o senhor. Está aqui, o Antônio Camargo.
Eu é que agradeço o Camargue, porque eles confiaram em mim, não só como homem, como ex-policial militar e como advogado. Eles ficaram presos bom tempo. Eu falei: Calma, que a gente vai conseguir o nosso intento. Nós temos que trabalhar... Porque o tribunal do Júlio é jogo de xadrez. Eu não dou munição para o inimigo. Eu não posso dar... Aí os dois falaram isso para mim: Vendarminé, nós confiamos no senhor, faz o que o senhor quiser. A gente puxa isso aqui, a gente fica preso aqui, a gente segura. É macho, é homem, eu vou trabalhar com gente assim. Falei: Não, a gente puxa isso aqui, Vendarminé. Faz o seu trabalho lá, que a gente segura a cana. Falei: Pela ordem. O cara contém, preso. Acho que três anos, Camargo, se não me E aí eu absorvi em tudo, cara. Até tem uma promotora lá que eu queria beijar ela no plenário do Júlio, depois eu te conto. Não, conta agora. Vai acabar, o problema. Conta agora. Você sabe qual é a minha satisfação, Danilo? O Camargo, na época, era cabo. O Alexandre era soldado. Eles estavam para ser expulsos da Polícia Militar. Nós ganhamos tudo, no administrativo também não deu nada.
Hoje, o Camarguinho aposentou, se não me engano, como segundo tenente, não é, Camargo?
Está convidando o senhor, Antônio Camargo, quando quiser, que pesca três laguças.
Eu sei, lá é maravilhoso, gente, vamos lá. Está convidando. E o outro está trabalhando hoje como primeiro sargento. Veja que bacana. Eu consegui o intento, eles continuaram na carreira deles, sustentando a família, confiaram no trabalho. Então, como eu digo, o advogado, ele tem que ter seriedade, profissionalismo. O advogado tem que assumir a a responsabilidade de uma defesa. Ele não pode simplesmente ficar perguntando para o réu o que você acha. Não, você não acha a porra nenhuma, você é réu. Você não sabe nada, quem sabe, sou eu. Então, tem que obedecer o advogado. O advogado que O que você fica com muita dúvida é porque ainda não tem firmeza. Agora, quando você tem firmeza no seu taco, você sabe o que você está fazendo, o réu não dá palpite. Tanto que o pessoal, quando ele fica preso no Romão Gomes, eu não dou xerox de processo, eu não dou nada. Não fica ali nessa porra, vocês vão ficar me enchendo meu saco. Confiou em mim? Está me pagando? Então não enche o saco. A responsabilidade é minha. Só que eu explico para o cara tudo que eu vou fazer. Então você tem que ter o quê?
Você tem que ter autonomia como advogado. Vou ficar perguntando, vou deixar o réu da opinião. Primeira coisa que ele faz, não consegue mentir para mim. Uma vez eu fui lá no Romão Gomes, o policial falou: Doutor, agiu em legítima defesa, doutor. Estava preso. Falei: É mesmo? Agiu, aconteceu assim, assim, assim. Falei: Puta merda, cara, se a Júnior a gente tem uma defesa, ele está preso por quê? Não sei, doutor, é perseguição. Aí eu falei assim para ele: Deixa eu dar uma olharinha no seu processo. Naquela época, era todo físico. Aí eu fui lá no fórum, peguei o processo do cara, puta, que eu... Cagou, cagado. O que ele me contou, tudo diferente do que estava no laudo necroscópico e tudo mais, você entendeu? Mas, por que? Às vezes, quando Ele atira determinado indivíduo que às vezes tem tiro nas costas, não pelas costas, nas costas, é porque o indivíduo que tomou o tiro, ele se vira. E o policial naquela questão de segundos, ele dá 12, 15 tiros. E o camarada, às vezes, toma tiro no peito aqui, ele vira, ele vira e o resto do tiro vai. Eu estou com casos assim para fazer, você entendeu?
E aí quando eu vi, a situação era pouquinho diferente do que ele me contou. Então você tem que adequar a situação. Não que ele não tem agido em legítima defesa, ele agiu. Mas a forma que ele estava me contando que foi o que aconteceu na realidade, ia ficar pouquinho diferente daquilo que estava no processo. Então você ajeita tudo, orienta o dividido, você vai falar isso aqui, não muda, porra. Então eu já peguei aí PM no tribunal do júri, esperto, espertão. Ligerão. Ligerão. Eu absorvi o parceiro dele e ele se ferrou. Aí eu falei: Tribunal Aprenda isso, advogados e advogadas. Interrogatório é duas linhas. Quanto mais o réu fala, mais ele se complica. E eu cheguei para esse policial, ele era formado em direito, então ele sabia tudo, mais pouco. Falei: Olha, você tem que falar isso, isso, isso, isso no tribunal de júlio. Está bom? Deixe-se comigo, doutor. É curto e grosso, hein? O parceiro dele foi curto e grosso. Rapaz, ele sentou lá, de repente, o promotor falou, deu sorriso para ele e falou: Boa tarde, como é o senhor? Tudo bem? Ganhou ele. Ele achou que aquilo foi o máximo, o sorriso para ele, né?
Tudo bem, doutor? E o promotor começou a fazer pergunta e o trouxa respondendo tudo e falando coisas que não era para falar. Eu batia no chão, eu jogava uma garrafa de água no chão. E o cara falando, cara. Falou, falou, falou. E o promotor foi tirando, foi tirando. Aí, o que acontece? O promotor estava fazendo ele entrar em contradições com provas e os depoimentos anteriores dele.
Ota, que pariu.
Não deu outra, foi condenado, o parceiro foi absorvido. Aí eu só olhei e falei: Tudo bem? Tudo bem, doutor, é que está a lendo esse grana. Eu falei: Meu, você fala demais. Então, o peixe morre pela boca. Então, interrogatório é isso, cara, é coisa curto e grossa. É vápido e vúbido. É vápido e vúbido. Eu fico basmo, às vezes, de casos que aconteceram, policial, há cinco, seis anos atrás. O policial vai ser interrogado hoje. Você não lembra o que aconteceu há cinco, seis anos atrás. Eu não lembro qual é a cor da cueca que eu estava ontem, porra. Eu não lembro o que eu fiz a semana passada, o mês passado eu não lembro. Você vai lembrar. Ninguém é obrigado a lembrar também. Ninguém é obrigado. Você vai lembrar em detalhes o que aconteceu. Eu tive problema muito sério no Coy e no Gat, quando eu fui defender o pessoal lá no Carandiru. Eu absolvi alguns policiais lá, sabia? Eu absolvi. No Carandiru? No No Carandirou, tomei 50 mil reais de multa lá, eu abandonei o plenário, mandei o juiz... Foi negócio feio lá, juiz totalmente parcial com promotor, tendencioso, orientava a ter... Um negócio terrível.
Eu quebrei o pau, abandonei o plenário, ele me multou 50 mil reais, eu Eu não paguei no STJ, não paguei nada. Mas ali eu orientei policiais lá, alguns oficiais, eu orientei e falei: Olha, é curto e grosso, gente. Isso faz 20 anos atrás, quase 20 e poucos, vocês não lembram do que aconteceu? É nem possível você lembrar. De repente, o cara começava a falar, falar, falar, falar, falar Não foram eles que me contrataram, foram outras pessoas. E tomo que procurasse advogado que eles confiassem. Mas ali foi muito complicado aquele julgamento, porque nós estávamos vivendo momento muito sério da socialia, enfim, uma situação diferente. Era a Dilma, era o presidente, se não me engano, na época do julgamento. E o juiz, cara, meu Deus do céu, ele tendenciava o júlio de tudo, de qualquer forma que você pode imaginar. Mas mesmo assim, eu consegui absorver alguns. E os jurados erraram na votação, entendeu? Mas eu absolvi alguns burociais do Carandirio, do Coy e do Gatti. Eu consegui absorver. E isso ninguém vê. Eu não consegui porque eu fui fazer o júri do Coy e do Gat, o O Paulo da Rota já tinha tudo sido condenado.
Então eu vou fazer júri em que a outra turma foi tudo condenado. Eu já vou com condenação dos outros, cara, é complicado. Mas mesmo assim, eu consegui a absolução de alguns. E agora, com o perdão judicial do presidente, parece-me que vai dar tudo certo para eles. Graças a Deus. Mas ficaram presos? Não, não chegaram a ficar presos nenhum deles, desde a época que isso demorou, foi em 92. Fazia dois anos que eu advogava na época. Porra, de O que é que você ainda respondeu processo até hoje? No direito, é isso que eu falo para as pessoas, as pessoas não entendem, existem as causas interruptivas da prescrição. Então, crime, ele pode prescrever em abstrato ou em concreto. Por exemplo, você está respondendo crime. O máximo da pena dele é dois anos. O máximo da pena. Em abstrato, você pega o máximo. Vamos supor, prescreve, acho que é em quatro anos, se eu não me engano. Se eu estiver falando coisa errada, me corrijam. Vamos supor, prescreve em quatro anos. Aí, nesses quatro anos, do inquérito ou da denúncia, da denúncia até a sentença do juiz, passou esses quatro anos, já deu a prescrição da pretensão punitiva do Estado pela causa abstrata.
Ou então, às vezes, você responde a processo. Durante tantos anos, você pega uma pena que você faz, da pretensão punitiva do Estado, pela causa abstrata. Ou então, às vezes, você responde a processo. Durante tantos anos, você pega uma pena que você faz e deu a prescrição retroativa. Então, a exceção da pretensão executória do Estado de executar a pena. Então, existem vários casos de prescrição. Quando o promotor oferece a denúncia e o juiz sentencia, aqui interrompe a prescrição. Aí, o juiz sentenciou, você entra com recluso de apelação, correto? Vamos dizer, do júri, pronunciou. O juiz pronunciou. Você recorre, a pronúncia interrompe a prescrição. Então, a partir da pronúncia, vai passar a contar mais 20 anos, que o crime de imensário é prescreve em 20 anos. Aí, a partir da pronúncia, o advogado recorre em sentido estrito. Aí, até o julgamento pelo tribunal de justiça, no trânsito de julgado lá do acórdão- Não está contando para a prescrição. A prescrição começa a contar que dá pronúncia. A pronúncia interrompeu, aí o advogado recorreu, começa a contar a prescrição de novo, mas tem que dar 20 anos, não dá. Aí, no TJ, o TJ julga, tem o acórdão negando mandou o recurso e transite em julgado, interrompeu.
Aí você entra com o recurso especial. Então, são as causas interruptivas a prescrição. É isso que às vezes a pessoa não entende. É por isso que o Carandiro não prescreveu. Eles foram julgados depois de 20 anos, mas existem as causas interruptivas da prescrição. Foi por isso que eu não vejo.
Mas exemplo, se não tivesse essa lei aí que saiu, eles poderiam... Porra, os caras está velho. Poderia sair a sentença lá e falar: Vai puxar os cinco anos de cadeia.
É preso, porra. Preso, cara. Nossa. Quatros centos anos de prisão, pegou o pessoal da rota, se me engano. O Biratã Guimarães foi absolvido, mas foi julgamento muito tumultuado, muito político. Antes dos júli do Carandiru, A Rede Globo exibia o filme Carandiru, você entendeu? Então a população ficava aquilo na cabeça. Não foi júlio normal, foi muita política. Olha que eu estou acostumado com imprensa. O júlio do Tenente Xem, eu ouviu falar do Tenente Xem? Hoje, a gente vai ser capitão, se não me engano. Estava o Tenente Xem, hoje é que ele deve ser não me engano, estava o Tenente Chen, o Marcelo e mais dois policiais. Um caso famoso da Rede Globo, que a Rede Globo editou o vídeo, colocou o vídeo, os caras ficaram presos monte de tempo. E eu fui no júlio fazer o júlio e eu peguei o vídeo completo. E no vídeo completo, a Rede Globo editou.
Qual o vídeo que é?
Era caso lá da... Rapaz... Eu não vou lembrar assim. É dos Polícias de Rota? Não, eles eram da Força Tática do 37. Aí, Se alguém souber, o Camarguinho souber, eu não me recordo direito agora, se a gente estiver vendo aí. Eu sei que no final eu fui à Júri e estava lá a imprensa, tudo mais, a Rede Globo. Esse Júri, eu fui entrevistado pelo The Journal, Wall Street, de Nova York. Eu tenho essa matéria em casa do jornal, Wall Street. E foi cara de repercussão internacional. Vieram reporte da China, de monte de lugares acompanhante o julgamento, porque a imprensa, a Rede Globo, queriam a condenação dos policiais. Olha o júlio que eu vou fazer, eu só pego Zika, eu só pego Zulu. Aí eu estou fazendo o júlio lá. Esse júlio foi muito engraçado, que aconteceu fato muito atípico com o promotor. O promotor falou as duas horas e meia dele lá, esse júlio, o tenente Chem, eu ouvi, eu não abri minha boca, eu deixei o cara falar à vontade, porque eu sabia que eu tinha provas ali, desculpa a expressão, para cagar na cabeça da imprensa, que estava todo lá torcendo para a condenação.
Aí quando eu estou falando Eu estou explicando para o jurado, eu tenho duas horas e meia para falar, eu estou explicando para o jurado que eu fui policial, essa coisa toda, que eu troquei tiro com bandido, que eu vi mulher ser estuprada, sei o que é isso, não é o que é a novela da Globo conta, tal, tal, tal. De repente, o promotor falou: O senhor matou muita gente, então eu falei: Graças a Deus, eu fui absorvido em tudo, doutor. Então, só contem para o jurado a verdade e falem quantas pessoas que o senhor não assassinou com tiro na nuca quando estava na rota. Aí, bicho.
Aí, porra, aí mexeu... Está sograncinha... Aí, entre na sua, sua.
Esse cara me processou, depois. O que ele ouviu, eu não queria ouvir de homem. Bom, aí o juiz intercedeu, continuamos o julgamento. Esse júlio foi muito engraçado. Aí eu continuei falando com o jurado. De repente, ele começou a gritar comigo de novo, esse promotor, sentado assim do meu lado. Aí eu estou falando, ele gritou, eu falei: Olha, mentiroso. Ele levantou, bateu na mesa assim, e saiu da mesa como se estivesse em cima de mim. E a plateia cheia de polições aqui no júlio. Eu olhei para ele e falei: A menina está nervosa. Quebrou o cara. Falei: A menina está nervosa, vem aqui que eu vou bater na sua bonda, rapaz. Eu juro por Deus. O Chey viu, todo mundo viu. Aí é: O que é isso? Eu falei: O que é isso, caceita? O nível baixou de novo. Aí a plateia começou a dar risada. Estava cheio de... O que é isso, a plateia, cara?
O que é, o Chey de Rio? Estava cheio de...
A sua é mais aí: Aí, cara...
Aí, caralho. Estava cheio de polícia, dando risada. Ele para o juiz: Excelência, coloque a plateia para fora, é todo policial amigo dele. O juiz já estava com o saco cheio, o juiz falou: Eu não vou colocar ninguém para fora e continue o julgamento. Continuou o julgamento, eu absorvi todo mundo, foi lindo para caralho. E estava lá a Rede Globo. E eu falava: Vocês, a Globo, estão aí, seus bão de urubu, que quer ver a condenação dos policiais daqui, os senheores não vão ver não. Por que os senheores mentem assim na televisão? Por que os senhora mentem assim na televisão? Por que os senhora mentem assim na televisão? Por que os senhora mentem assim na televisão? Por que os senhora mentem assim na televisão? Na imprensa, na plateia, eles estavam na plateia, eu falei: Vocês são os mentirosos. Eu vou mostrar aqui o vídeo na íntegra, os senheores editaram o vídeo, seus mentirosos, se teve- Fazer isso direto. É. Aí eu exibi o vídeo, cara, teve report da Globo lá que baixava a cabeça e saia do plenário, porque eu falava monte. E no Júlio do Camarguinho, não é Camarguinha da Promotora? Promotora Brava. Eu não vou citar o nome dela aqui, que vocês conhecem, mas não vou citar.
Era uma promotora grandona, bravona, forte. Era uma potranca, cara, fortona mesmo. Ela usava batonzão vermelho na boca, uma unha que vinha até aqui assim, ser mariona também. E estamos lá fazendo júlio. No primeiro Júlio do Camargo, não é, Camargo? Essa promotora começou a me falar de laudo que não existia no processo. Aí eu falei: Excelência, questão de ordem, a palavra é pela ordem, onde está esse documento no processo que eu estudei e não tem? Ela olhava assim com pouco caso. O senhor que procure nos altos o senhor encontra. Eu falei: Não encontra coisa nenhuma. Isso não está no processo. A senhora me fala em que folhas estão, porque hoje é obrigada a informar as folhas. Antigamente, não. Mas o cara informava por uma questão de honestidade. Não tem que Para nada, eu falei: Tem. As pessoas estavam falando de uma prova que não tem nos autos. Onde estão essa prova? Ela não tem que lhe informar. Eu virei para o juiz, era juiz medroso, tinha o medo dela.
Que cacão, caralho!
Lembra, Camago? Ele tinha o medo dessa promotora, mas o medo. Aí eu falei: Excelência, sim, sim, sim, sim, sim, é sávado, ela que mostra o documento. E o juiz, com medo de mandar ela uma sua documento, olhou para mim e falou assim: Doutor, olha, veja bem, quando for a sua vez de falar, o senhor fala para o jurado, mostra que não tem o documento no processo. Falei: Não, senhora, ela tem que mostrar, ela falou, esse documento não existe, doutor. Essa mulher, cara, pergunte para o Camargo. Virou o bicho. Virou o bicho? Eu estou sentado na minha tribuna e ela veio com aquela unhona grande assim, colocou na minha O que é que eu vou fazer aqui, cara. Aí eu levantei, eu levantei e bati na mesa assim e coloquei a testa bem no rosto dela aqui assim, mas não para dar a cabeçada nela, para ficar junto, porque eu fiquei de pé. Ela enfiou a unhinha aqui em mim assim, rapaz. Cara, se d o unhada. D o unhada. Aí o sangue desceu na hora toda, é o juiz: Para minha sala, para minha sala, para minha sala. Aí ela chamou sargento para acompanhar para a sala do juiz.
Não, o sargento acompanha. O sargento acompanhou. E eu na minha beca, na minha beca eu tenho o bottom da OAB, aí entramos dentro da sala do juiz, ela bateu. Foi essa porcaria, ela fez assim, bateu no bottom da OAB. Aí o juiz teve coragem lá dentro, falou: Doutor, o negócio é o seguinte: Que forem as O que foi o nome desse documento que a senhora falou lá. Aí ela foi obrigada a falar para o juiz: Esse documento não existe. Ela falou para o juiz. Que filha da puta, mano. Aí voltamos para o plenário. Voltamos no plenário, o juizão chegou para o jurado, falou: Jurados, desconsiderem a assim, assim, assim, que a doutora promotor falou, porque essa prova não existe no processo. Ganhei o júlio.
Aí, caralho.
Aí ganhamos o júlio. Aí com essa mesma promotora, teve outro júlio do Camargo, em que eu saí correndo- O Camargo, o Camargo, o Camargo. O Camargo deu o trabalho da poubra, mano.
Esse pesqueiro deve ser dele, mano. Se ele for no pesqueiro lá e o Camargo cobra uma parte dele, você tem que se rasgar, Camargo.
Aí estamos fazendo outro júlio, e era ela de novo. Era ela de novo. Aí eu estou falando com o jurado, ela falou lá as duas horas dela tal, eu não atrapalho, porque eu não atrapalho, eu deixo quieto, não falou mentira, eu não entro, eu não arrumo confusão de graça. Só se contar de documentos que não existe, eu estou obrigado a entrar. Aí eu, obrigado, bom. Aí ela falou tal, e foi minha vez de falar. Aí eu estou conversando com o jurado, o jurado está aqui na minha frente, ela vinha desse lado de cá, ela cruzava os braços assim e ficava colocando a cara no meu rosto aqui assim, eu olhava assim, ela estava olhando para mim, que ela era grandona, eu falar: Doutora, senta na sua tribuna lá, que a senhora está me incomodando. Eu fico aonde eu quero. Forgar, é forgar. Não, aí pode ficar, onde quer, mas não de esse jeito. Eu fico aonde eu quero. Eu não vou sentar na minha tribuna, eu fico aonde eu quero. Doutora, por favor, doutora, a senhora está me incomodando. Eu vou dizer uma coisa para a senhora, eu não estou aguentando isso aí, hein? Vai sentar no seu lugar.
Não, vou, eu fico onde eu quero. Doutora, eu não estou aguentando mais, porque o senhor me agredi, falei: Não, eu vou dar beijo nessa boca maravilhosa. E agarrei ela, cara. E fui para beijar a boca dela.
Aí quebrou as pernas dela.
Ela me empurrava: Isso ali, porra, é uma cara de louco, isso ali, porra, é uma cara de louco. Aí ela correu para dentro da sala secreta e se trancou lá. Aí o jurado ria, o jurado ria, mais júri que eu ganhei. Então, o júri tem esses detalhes... Que podcast foda, mano. Que quem não conhece o júri acha que isso é anormal. Não, isso é normal no tribunal de júri, que o tribunal de júri é assim: se você falar uma frase infeliz, você pode perder o julgamento. Se você se tornar antipático com o jurado, você pode perder o julgamento. Você tem que ter uma cautela, você tem que ter muita cautela para falar uma determinada coisa no tribunal de júri. Se É por isso que eu começo a falar no tribunal de juros, eu fico olhando para os olhos do jurado, olha para o outro, olha para o outro... Que a única coisa que nós temos do jurado, o júlio americano não. O júlio americano, o advogado pode investigar o jurado, sabe onde ele trabalha, sabe onde ele mora, vai investigar o jurado para aceitar ou não. Aqui no Brasil, não. Eles mandam 25 jurados lá para o plenário, a gente escolhe sete para participar do julgamento, eu posso recusar até três, o promotor também.
A única coisa que eu tenho do jurado é o nome e a profissão dele. Eu não tenho RG, CPF, para puxar as antecedências do cara. Você não sabe se o cara é vagabundo, pô, ali.
Mas conte para mim, o Ribas falou que você exorcizou... O promotor? O promotor, antes de você contar o Ricardo Muzeto, grande doutor Vendraminto, o melhor dos tribunais, o Júlio, abraço, O capitão Buzeto, que Deus te ilumine sempre.
Um abração Buzeto. Buzeto? Buzeto. Buzeto. Foi no júri do Ribas, não é?
Isso, vamos lá. O Ribas já veio aqui, já falou: Mano, o Ribas rasga elogio para você...
O Rippa, ele era tenente da Polícia Militar na época e ele foi acusado de homicídio junto com a equipe. E nesse júri, foi muito engraçado, depois eles foram absolvidos, todos eles. Eu estava fazendo júri com dos melhores promotores que tinham lá no Terceiro Tribunal de Júri. Não vou citar o nome dele também, mas era dos melhores. Não, nem precisa. O camarada é gentleman. Gentleman, mas homem muito fino, mas dono de uma inteligência, de uma cultura jurídica envijável. Esses são os piores.
Então o Rippa se lascou, não é?
Esses são os São os piores, porque vem para a porrada, vai para a porrada e tudo bem. Mas esses caras manso, cara que fala bem, conhece a técnica e conhece o direito, é problema. Aí ele falou as duas horas e meia Beleza. Eu falei minhas duas horas e meia também, ele não me aparteou, jure bonito, jure de confronto. Até ali estava... Jure de confronto entre profissionais do direito, o promotor, o advogado, sem ofensas. Sem nada, técnica.
A gente já pensando puta que pariu...
Aí ele foi a réplica, ele tinha duas horas de réplica. Aí ele fez a réplica dele de duas horas, eu não abri minha boca também, deixei ele trabalhar. Por quê? Porque ele estava sendo honesto, ele não saía do processo. Obviamente, ele tem a ótica dele, tem a opinião dele, depois eu vou mostrar a minha, correto? Aí ele falou as duas horas quando eu fui à minha vez, que eu estou falando com os jurados, tal, papapá, porque aí na trêplica, eu venho que eu venho mais bravo ainda. Aí você tem que fazer.... Aí eu estou na trêplica lá, estou conversando com os jurados, promotor sentado ali, estou aqui falando com os jurados, estou convencendo os jurados. E ele percebeu isso. Aí ele começava a gritar comigo: Não, é porque o senhor está mentindo, para ele não deixava eu Ele falava paralelamente, isso causa nulidade no processo. Eu falei: Doutor, por gentileza, o senhor é homem fino, eu não te atrapalei até agora. O senhor não está deixando eu falar, deixa eu fazer o meu trabalho, doutor. Tudo que eu estou falando está nos altos, mas que eu E conversando com os jurados, eu tenho o senso de convencimento.
E ele não deixava. Eu virei para o juiz. Falei: Excelência, é que está, é uma banda de juízes que não toma atitude, que tem que tomar... Por isso que dá confusão. Falei: Excelência, por gentileza, peça o doutor promotor para ficar em silêncio. Ele está falando paralelamente, ele não pode fazer isso, está me atrapalhando, doutor. Eu não intercedi na fala do ministério público em nenhum momento. O juiz olha para mim e fala: Ah, doutor, isso faz parte do júri. Falei: Excelência, isso não faz parte do júri, ele está falando paralelamente, ele só consigo nem ato, então, que já foram paralelamente. Irei consignar, doutor. E não chamou a atenção do promotor, como sempre acontece. Eu virei para o jurado, ele continuou. Não parava, cara. Não é possível, doutor. Silêncio, o senhor é homem educado, o senhor é homem inteligente. Deixa eu terminar meu trabalho, ele não deixava. De repente, rapaz... Eu estava falando com o jurado daqui, estava sentado ali. É que eu te falei, eu faço coisas que eu não sei o porquê que eu faço. Não sabe de onde vem. Não. De repente eu virei e falei: Benaventurados e misericordiosos, porque Deus me livre. É verdade.
Eu falei: Eu abençoo esse corpo em nome de nosso senhor, deus cristus. Eu sei que é o Rivasuari, cara. Aí eu fui em direção a ele com a mão assim e falava: Sai desse corpo, satanai. Você não é. Eu falava: Você não é o doutor tal, você não é o doutor tal. Sai desse corpo, sai de reto, satanai. E ele, foi muito interessante, que ele ficou me olhando e ele foi indo para trás no cadeu assim. E ficou me olhando assim. Aí eu cheguei com a mão perto dele assim. Falei: Sai de reto, satanai. Não perturbe mais esse corpo, não perturbe esse homem. Sai de reto, em nome de nosso senhor Jesus Cristo, eu te expulso, satanais. Sai de reto, satanais, em nome de Deus, e babababá, né? Aí ele ficou parado me olhando e eu virei como se nada tivesse acontecido e continuei falando do jurás.
E aí ele ficou quer, e não abriu mais a boca, cara.
Então, ele estava possuído mesmo, o maldito. Estava possuído, eu expulsou da minha deus. Porra! Que da hora, mano. Aí foi todo mundo absorvido, acho que foi isso que foi todo mundo absorvido, porque teve dois julgamentos. Então, E essas coisas acontecem comigo assim, espontaneamente. Não que eu não pensei em fazer isso. Imagina, exorcizar o cara. E acho que eu exorcizei mesmo, porque ele ficou quietinho, cara, ele não abriu mais a boca, ele ficava me olhando assim.
Ele falou: Mano, se eu falar de novo, ele vai vir do lado de mim, mano.
Não, não, não, não, não, Vai me queimar com cruzifix. Teve promotor uma vez aí, o cara começou a me encher o saco, falei: Doutor, tu não brinca não com coisa férin, porque o senhor está incorporado. Porque eu estava fazendo uma coisa que eu falei: Por que o senhor está duvidando? Ele falou: Não, por que não tem que ir lá? Eu falei: Olha, eu vou falar com o meu compadre, vou falar com o meu compadre para ir falar com o senhor, viu doutor? Ixi, mano. Quer mandar o seu compadre falar comigo? Pode mandar. Quem é o seu compadre? Eu falei: Exu, marabo.
Ixi, mano.
Eu falei: Exu, eu falei para ele. Ele parou, olhou assim, ficou quieto, baixa sua cabeça, não falou mais nada. Você é louco, mano. Eu falei que era o meu compadre.
Vou botar o teu nome Filho da Inclusidade, Filho da Funda, maldito.
Mas veja bem, obviamente, isso não tem nada a ver, mas essas coisas acontecem, são coisas assim... Por isso que nós temos no tribunal do júri, excelentes advogados, excelentes advogados. Mas essas coisas, eu não vi ninguém fazendo ainda, que eu faço, porque é uma coisa muito espontânea. Eu quando eu fiz o júri lá em Ferrais, daqueles meninos do cemitério, lembra? Que mataram o ladrão dentro do cemitério. Eu lembro. Eles estavam presos, eu fui fazer o júri deles lá em Ferrais e naquela época...
Vocês ficaram presos?
Ficaram.
Porque matou os cara dentro do cemitério?
É, eles pegaram o ladrão lá no carro do local. Levaram para dentro do cemitério. Enfim, tinha mulher que ligou para o copom, enfim. Aí eu estava fazendo júri desses caras e o governador, que era o Walkman na época, pagou uma indenização para a família da vítima. Do ladrão. Antes de? Antes do júri. Aí, porra... O governador queria a condenação, o comandante da PM queria, o secretário de segurança pública queria condenação das polícias. Aí eu estou falando lá, o promotor exibiu o governador, o comandante, o secretário pedindo condenação dos policiais, exibiu lá. Eles deram entrevista na imprensa, que porra, caralho. Aí eu vou falar lá, cheio de bandilha, assistindo o júri, cara. E eu vou lá fazer o júri. O Renata estava comigo. Não, não era o Renata? Não lembro quem é que estava comigo agora. Aí eu vou fazer o júri. Aí eu cheguei para o jurado e falei: senhor jurado, porque nós temos que fazer uma inovação nesse país. Não é mais possível que políticos intercedam aqui no tribunal do júri. O governador do Estado, o secretário de segurança pública, o comandante da Polícia Militar, todos estão acumulados com o crime organizado. Eu falava desse jeito.
Lógio, eu estou falando. E eu conclamo a vossas Excelências que tomem uma atitude nesse país. E eu canto a vossas excelências, uma música de grande poeta brasileiro. Eu falei: Peguem em armas, senhora jurados. Vem, vamos-se embora, que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora.... Eu cantei o Gerardo Mandela para os caras mesmo, no júri. E eu percebia que tinha jurado que chorava, os olhos enchia de lágrima, que eu estava fazendo uma coisa muito convincente. E no final, eu consegui absorver os dois naquela Zika lá. Um por negativa de autoria e para o legítima defesa. Ir para embora. Os malas tudo lá fora me esperando. Nossa! É, estava lá fora do fórum esperando. Aí tinha oficial lá, eu falei com ele e falei: Não, Vêna, Vêna, Vêna, vem, vem atrás de nós. Aí, saiu uma viatura, aí eu saí atrás, a outra atrás, a outra, para me poder sair do fórum. Isso já aconteceu várias vezes comigo. Então, oi.
Pergunt aqui o Wanderson, qual foi o júri mais difícil que o senhor já fez?
O mais difícil, eu acho que foram todos. Do jeito que o senhor está contando, foi mesmo, viu? Não, o advogado que fala que tem júri fácil, ele tem que aprender muito ainda. Nenhum júri é fácil. Eu, no começo da minha carreira...
É cachê de surpresa, por mais que você esteja preparado...
No começo da minha carreira, eu subestimei júri. No começo da minha carreira, acho que eu tinha dois anos de advocacia, dois anos e pouco, eu subestimei júri de sargento. Era júri pequenininho, o processo, dava o quê? Não dava 200 folhas, era pequenininho. Falei: Puta, que para eu... Caralho, pequenininho, 200 folhas. É, eu ganhei 150 as folhas, as folhas pequenininho, eu falei: Poxa, beleza. Olha aí e falei: É fácil. Fui e subestimei o julgamento. Para mim foi uma lição. Para mim foi uma lição muito grande. O cara foi condenado. Foi condenado, estava em liberdade, permaneceu em liberdade. Eu fiz a apelação, aí o tribunal de Justiça anulou o julgamento, ele foi no segundo júri, aí no segundo júri eu consegui absorver ele. Isso foi uma lição para mim de nunca dizer: Esse júri é fácil. Todos os júrios são difíceis, porque você está com sete pessoas do povo sentado ali que você não sabe se apanharam de polícia, se teve parente morto por polícia, você não sabe.
Às vezes, você acaba juntando cinco ali que odeia a polícia.
Que odeia a polícia. Você não sabe. É terrível isso. Então você me pergunta: Tem 25 jurados lá, o juiz vai sortear sete para formar o conselho, certo? Você pode recusar três. Até três, o promotor também. Como é que eu recuso o jurado? No olhômetro. No olhômetro. Aí não é na experiência, não é? É, você bate o olho, você vê: O jeitão, qual é a profissão, entendeu? Eu estou vendo a profissão ali, psicólogo... Poxa, psicólogo? Se for psicólogue, tira. Então, você vai no olhômetro. Mas, graças a Deus, eu não tenho que me queixar do conselho de sentença, eu não tenho que me queixar do corpo de jurado, porque mesmo tendo perdido alguns juros na minha vida, eu tenho O que eu não tenho certeza que os jurados acertaram.
Qual foi o que você perdeu, que você falou: Puta, que pariu, esse foi foda, não dava para, não dava mesmo, ali foi foda?
Não, esse do sargente que eu contei agora, que eu subestimei o processo, olha, Eu vou dizer algo para você. Tem uns policias aí que me chamam de bruxo, além, eles ficam falando: Não, esse negócio de lenda... Olha o bruxo, porque eu peguei processo, indefensáveis. Eu não fiquei conhecido no meio à Eu só pegava confusão, para mim, só vinha- Só o Zulu.
Não, não, mas o bom é esse aí, é o Zulu.
Ai, Deus, eu sofri muito, cara. Eu olhava e falei: Meu Deus do céu. Então eu consegui resultados positivos em casos que não dava.
Que era causa perdida.
Causa perdida. Então, foi que nem esse dia que eu te falei que o promotor... Eu te falei do caso lá do Polícia que eu estava falando, que ele pediu para me defender, ele estava no Romão Gomes, eu olhei o processo e falei: Não dá para te defender. Porra, contrata advogado do Estado. Você vai ser condenado. Ele executou o cara na rua, na frente de todo mundo, mexeu uma cara de bala e estava preso no Romão. Não, meu amigo, eu quero que você me defenda. Eu falei: Eu vou fazer uma loucura. Você vai ser condenado. Tem 100% chance de ser condenado, mas eu vou tentar fazer uma loucura para você. Ele falou: Não, doutor, eu pago para o senhor, só pode ir lá fazer, mas eu quero que o senhor me defenda. Falei: Está bom, fui fazer uma loucura. Eu Eu não posso me tornar mentiroso perante os jurados, porque jurado não é bobo. Essa ele contou, foi foda. Eu não posso. Eu não posso passar por mentiroso na frente do jurado. Eu tenho que ter autenticidade, eu tenho que ser verdadeiro. O promotor chegou lá, puta, mas acabou com o PM, que não tinha defesa.
Extruiu. Ele executou o cara no meio da rua, bandido, bandido. Aí quando o juiz passou a palavra para mim, eu comecei, eu elogiei, eu cumprimentei o juiz, eu comecei a defesa, eu O que você ia falar para o jurado? Que o promotor estava certo. O senhor jurado, eu não tenho como aqui, descordar do nobro promotor de justiça. Tudo que ele falou é verdade. Caralho. Tudo que ele falou é verdade. O réu matou, realmente, dessa forma que ele falou. Eu não tenho como contestar, jurado, eu não sou hipócrita. Eu não estou aqui para enganar vossas Excelências, não. Eu estou aqui para falar verdade. Eu estou aqui para trabalhar em primeiro lugar com a lei e segundo lugar, amparado por uma força divina que vai me dar a palavra hoje para levar até vós as Excelências, para que realmente nós entendamos o por que ele cometeu isso. Boa. Aí eu comecei a fazer paralelo da vida do policial. O policial, excelente comportamento, nunca tinha respondido a processo, vários elogios. O cara que morreu tinha antecedente quilométrico, tinha latrocínio, tinha roubo, era foragido à justiça, o cara era a quatro. Aí eu falei para os jurados, fazendo esse paralelo, que não mandassem aquele homem, aquele pai de família para cadeia, que ele ia pegar lá no mínimo 14, 15 anos de prisão, ia acabar.
Por quê? Porque ele eliminou o indivíduo que poderia matar alguém da sua... Comecei por aí. E eu fiz paralelo: Olha os antecedentes desse, olha o policial, papapá. E hoje, de 2008 para cá, mudou a quesitação no plenário. Hoje, nós temos quesito genérico que chama o jurado absolve o acusado. Nesse quesito jurado absolve o acusado, está a tese defensiva, a tese de legítima defesa, por exemplo. Então eu falei legítima defesa da sociedade, ficou consignado. Mas existe uma outra tese que o legislador deixou para nós, advogados, e para os réus, a clemência. O jurado pode achar que o réu agiu de forma que agiu errada, matou, mas dá a clemência a ele para ele não ir preso. E absorve. Eu falei: E vossas Excelências, que o legislador é tão inteligente que deu a vossas Excelências o poder, o poder, o poder da Clemência A clemência para esse homem, porque ele é trabalhador, é pai de família, é uma produção militar. Não mandem ele para cadeia em detrimento desse indivíduo, assim, assim, assim, assado. Deem a clemência a ele ou entendam que ele agiu em legítima defesa da sociedade. Até hoje, eu não sei qual foi que deu, mas no mínimo foi a clemência.
Aí, eu acabei de falar, eu acabei de falar, o promotor olhou para mim, falou: O Vendamini perdeu. E não foi a réplica, ele tinha mais uma hora e meia para falar, mais uma hora para falar, ele não foi a réplica. E eu não pude fazer a trêplica, quando o promotor não faz a réplica. Vamos para a sala secreta. Chegamos na sala secreta, cara, o promotor tomou de 4 a 0. Caraca! Os jurados absorviram por 4 a 0. Cara, deram a clemência para o cara, no mínimo.
Mas como assim, 4 a 0?
Não, são 7 jurados, mas a maioria, depois, você não abre o que sobrar, para não saber quem votou. Os 4 primeiros... Os 4 primeiros da- Os 4 primeiros já foi a favor do réu? Não, não, não.
Não abre o réu. Você abriria, vaver, 7 a 0.
É para manter o sigilo das votações. Aí o promotor olhou para mim, eu lembro disso até hoje, ele encostou em mim e falou assim: Venderamini? Eu falei: Pois não, doutor? Ele falou: Você é filho da puta.
Doutor, deixa eu contar aqui para o senhor, contar uma vez para mim, não sei se é verdade. O senhor pode me dizer se é verdade.
Não, mas só para ele finalizar.
Aí eu olhei para ele e falei: Poxa, doutor, que é isso? Ele falou: Olha, Dendramini, vai se foder, ele falou: Toma no seu cu. Porra, caralho, você conseguiu essa merda? Eu falei: Poxa, doutor, eu fiz o que eu pude. Ele falou: Avisa o teu cliente lá que eu não vou recorrer não, ele não apelou cara. Não apelou.
Deu clemência também para ele.
Deu clemência. Deu.
Ele falou: Vai, vai, vai. Depois dessa, vai tomar no cu.
Eu convenci até o promotor cara, é brincadeira.
Então, uma vez contaram para mim que não foi no TJ.
Esse é o júri em que os ditos ditadores de toga, o ditador do poder judiciário, que não aceitam o julgamento pelo concerto de sentença, pelo povo, eles não aceitam por quê? Porque não houve julgamento técnico aí, aí houve julgamento emocional. Emocional. Mas essa é a essência do júri, Por quê? Porque a advocacia... Como é que começou os debates? Na época de Roma, da Grécia Antiga, quando camarader acusado de crime, não tinha lei, não tinha debates em lei. Eles pegavam cara mais ou menos estudado para defender o indivíduo, para falar sobre o moral dele, como que ele era, mas eles pegavam para acusar, dizendo que ele matou, mas não tinha leis, não tinha nada. Então era oratória apenas, entendeu? Essa é a essência do júlio, é oratória. Então o jurado é o quê? Os jurados não são juízes togados, juízes concursados. São do povo. Eles são juízes do fato, do fato. E eles não estão adestrito à lei. Eles podem julgar da forma que eles quiserem. Eles podem absorver culpado e condenar inocente. O jurado pode. Entendeu? E esse pessoal da cúpula que é contra o tribunal do júri, eles acham que imagina, ele não fez faculdade de direito, tinha que ser condenado.
Pera, esse é o tribunal do júri, meu amor. Isso é o tribunal do júri. A essência de tudo começou com a oratória, seja para a magistratura, ministério público, para a advocacia, tudo começou aí. Não tinha a lei antigamente. Você defendia uma pessoa falando sobre ela e tudo mais. Essa é a essência, o tribunal do júlio é arte, está me entendendo? O tribunal do júlio é arte da oratória, da retórica, é arte do conhecimento técnico jurídico, é que as pessoas que não conseguem fazer júri, envejam nos, e são contra o tribunal do júri. Boa. Vocês vão... Foda.
Vocês me E eles contaram isso daí, não sei se é lenda, que uma vez no Tj, no Tj, uma polícia matou a sogra.
A sogra. A sogra.
E ele foi ser julgado. Aí chegou lá, o advogado dele levantou e falou assim: Lá fica o segundo tenente, primeiro tenente, capitão, o senhor segundo O senhor é o primeiro tenente da Polícia Militar do Hospital de São Paulo, o senhor que muito nos honra com a sua presença aqui, o senhor que... O senhor primeiro tenente, o senhor também nos honra muito, o senhor é uma pessoa honrada, uma pessoa que está aqui, oficial da PM, O senhor capitão, o senhor... O juiz falou: E aí, você vai ficar quanto tempo aqui? Nós temos tempo isso daqui, meu. Você vai ficar elogiano os caras aqui? Claro que a gente vai começar isso daqui. O senhor chegou no momento que eu queria... O senhor me disse: O senhor chegou onde eu queria. Estou aqui meia hora elogiano os senores aqui e o senhor ficou nervoso. O meu cliente brindou 30 anos a sonha dele, encheu o saco dele.
Perdou a cabeça e a matou. Foi a minha vida. Por isso eu fui a minha vida.
Eu creio, eu creio, porque já aconteceram situações dessas, de ter maljurro.
Eu vou buscar me contar isso. Você provoca. Você provoca o promotor, por exemplo, para ele perder a cabeça, dependendo do júlio que você está fazendo, lógico. Agora, eu adoro fazer júlio de corno.
Tem de corno?
Mas não era polícia, não. Não, bom. Era paisana. Não, porra. Era paisana. Cara, eu fiz dois júli's. De corno? De corno. Mas é muito engraçado. O corno, você tem que respeitar ele. Porque o corno é corno porque ele é corno. Você entendeu? Porque Ele ama aquela mulher que corneia ele. Ele ama, ele ama. Eu defendi cara...
Abraça aí, Andy, é nós de mão.
Ele, coitado, ele era camioneiro, sabe? Isso é verdade, eu tenho esse processo tudo. E ele viajava com o caminhão e a mulher dele danadinha saia para fora e ia para a casa do amante. E tinha dois filhos, menino de 14 anos e uma menina de 8, se eu me engano. Aí dia, ele chegou em casa, cadê a mulher? E O meu filho sabia. Aí falou: O pai, a mãe está na casa de fulano. Isso é verdade o que eu estou falando. Eu defendi. Isso é verdade. O cara está na casa de fulano. Ele foi lá buscar a mulher. Vamos para casa, que não sei o que lá, papá. Perdoou a mulher. Ótimo. Assim como a mulher perdoou o homem, o homem também pode perdoar a mulher. Ele perdoou, ele amava essa mulher. Perdoou, voltou com ela. Só que com o passar do tempo, ela tinha relógio, ela ficava olhando para o relógio assim, passando a mão no relógio. E ele olhou e falou: Que porra de relógio é esse aí? Foi ele que te deu, não é? Ela ganhou do amante o relógio e ficou acho que lembrando o amante, passando mano no malante. Você quer ficar com ele mesmo?
Você quer voltar para ele? Entra no carro, eu vou dar você para ele. Juro por Deus. Entrou no carro, ele, a mulher e o filho de 14 anos, e ele tinha uma pistola. Ele pegou a pistola, colocou na cintura e foi. Por ele ser corno, até aí, não tinha problema. Não é crime. Ele não estava esquentando com isso. Ele chegou na casa do cara, o cara era casado, o amante dela. Era uma subida assim, a casa do cara ali em cima. Ele chamou, chamou, chamou. Aí o cara saiu lá. E a mulher do cara do lado. Aí ele falou: Olha o fulano de Toma, o negócio é o seguinte: Minha mulher não para de pensar em você? Já que ela quer ficar com você, você pode ficar com ela, estou dando ela para você. Até aí, não teve mais nenhum. De repente, o cara lá de cima falou assim: Não pode mandar ela subir, que aqui tem homem. Ah, não. Ele virou o macho. Você é louco, virou o macho.
Aí ele subiu e o cara correu para dentro de casa, ele meteu bala no cara lá.
E o cara ativeu, foi uma tentativa de homicídio e acabou tendo lesões leves. O tiro não foi o suficiente para dar uma lesão grave também. Aí que eu digo, aí você tem defesa, que é a desistência voluntária. A desistência voluntária, você desclassifica o crime para lesão corporal. Então eu aleguei a desistência voluntária. O que é a desistência voluntária? Quando você quer continuar com o crime, independente de qualquer situação fora, você para. Você começa a tirar cara de repente assim, a sua cabeça peda, não vou matar mais.
Se ele quisesse, ele teria matado ele.
Teria, continuar, Então, essa desistência voluntária. Ele tinha munição?
Ele deu quantos tiros, cara?
Acho que foi uns dois ou três. Está dizendo 12. Aí eu peguei, arruí a Rui à desistência voluntária. Ele estava solto, ele não estava preso. A desistência voluntária, ele pegou uma lesão corporal leve, já estava prescrita, aí foi embora para casa. Mas ele ficou macho, porque o cara falou: pode subir que aqui tem homem, aí ele ficou macho. Enquanto ele estava corneado, ele não ligou ele.
E o outro? Mas aí, mexeu com o ego do cara, não é, meu?
O outro, cara, o outro, se eu te contasse, eu não O Cazu, eu não acredita.
Deixa eu mandar abraço para o Cazu aqui. O Cazu pediu para você contar do extraterrestre lá. O Cazu já contou, está no início da live aí. E mandar abraço também aqui para o Percivale também que está na live aí. Percivale, abraço, meu irmão.
E deixa o like aí, família. 400, 700 pessoas na live, 300 likes, caralho. Deixa o like aqui, mano.
É, vamos deixar o like aí, pessoal.
Podcast hoje de qualidade. Qualidade, hoje é. Eu estou aqui assim, tipo, caralho, fala mais, fala mais. Hoje Você aqui, meu... Amor, quer tomar uma pinguinha?
Não, não.
Olha a pinguinha, diretamente de onde?
Da americana. De americana.
Meu amigo, o sajê de Forado. Eu estou afastado, por exemplo, das atividades. Mas o que ele estava falando? Da outro corno, do outro corno. O outro era muito engraçado. Porra. Porque se eu te contar, você não vai acreditar. Você não vai acreditar. Não, eu estou contando a crista. O camarada era casado, tinha dois filhos, viu? Vocês estão ouvindo aí, presta atenção. É, caralho. Aí ele se apaixonou por uma mulher. Se apaixonou, apaixonado, apaixonado dérimo, casado. Casado. Aí ele largou a esposa e largou os dois filhos e se juntou com a mulher. Aí, alogaram lugar e foram morar juntos. Aí, essa mulher percebeu que ele era duro, que ela tinha que bancar na casa também, é que ele encheu o saco dela. Porra, mano. Aí ele saia para trabalhar, chegava em casa, ela não estava. Ela saia, chegava em casa, ela não falava onde tinha ido, nem Onde você foi? Ah, eu estava com umas amigas. Cosa de fofoca, não é? Estava com umas amigas, ela falava. E ele lá, não, não, não, não, Ele foi fazer uma vistoria na casa dele e achou diário. Juro por Deus, eu tenho tudo isso aí. Achou diário, era da esposa dele, dessa aí.
Ela escrevia tudo ali. Tinha que ter papamike na História, não é?
Tinha, tinha, tinha, Mike é Mike.
É, aí nesse livro estava escrito monte de coisas. Ela frequentava, vou contar agora. Aí ela chegou em casa e falou: O que é isso aqui? Você quer lá? Você vai me contar? Aonde é que você vai todas as noites? Não sei o que lá. Ela falou: Você quer saber onde eu vou? Entra aqui. Aí entrou. Tinha uma boate, eles entraram na boate, ela falou: Você espera que eu já venho. Perdão, isso foi antes de ele achar a agenda. Antes de ele achar a agenda. Levou ele. Senta aqui que eu já volto. E aí a senhora entrou para dentro da boate, e lá ficou uma meia hora. Ele não sabe onde ela foi. Aí as mulheres vieram lá, aquelas mulheres nuas para fazer aquele negócio, tal. E ele viu que era uma boate de sexo. Aí a mulher dele voltou e falou: vamos embora daqui, que você sabe muito bem que eu não gosto desses ambientes. Aí foram embora. Aí, no outro dia, ele pegou taxi do amigo dele e passou em frente àquela boate. E falou: Ah, é onde eu vim com a minha esposa? Aí ele falou: É? Você é louco?. Ele falou: Por quê?
Porque isso é a casa de swing, pô.
Puta, que...
A cara de swing. Aí ele ficou no processo. Aí, ele fez uma vistoria na casa dele e achou a agenda. Essa agenda, meu pai... Comprometendu o meu pai do zero. Esse júlio ficou famoso no primeiro tribunal do júlio, porque todos os juízes e juízas queriam assistir O que é o nome de Júri?. Queriam assistir. E aí, ele ficou nervoso, discutiu com ela, acabou dando tiro no ombro dela aqui e acabou respondendo por tentativa de homicídio. Essa agenda tinha tudo. Ela escrevia as coisas e falava assim: Ai, porque aquele polícia é malvadão.. Eu não posso falar aqui o que o Polícia Malvadão fazia, certo? Mas era Malvadão. Malvadão. Mas ela fazia de tudo mais pouco que vocês imaginaram. E ela escrevia tudo na agenda, no diário dela, no diário que ela tinha, ela escrevia tudo, tudo, tudo, tudo. E ele aprendeu esse diário. E juntamos no processo. Eu estava defendendo ele. Falei: Eu vou acabar com essa mulher no júlio, que E na hora que eu li isso aí, acabou. Vai até dar uma legítima defesa da honra aí. Mas aí, cheio de gente para se plenar, aí chegou a mulher. Eu queria conhecer a mulher, porque eu não conhecia até então.
Eu não fiz a instrução criminal. Quem fez foi colega, mandou eu pedir para me fazer o júlio. Mas eu queria saber quem era. Porra, viva qual que era o QSA. De repente, me chega a mulher para fazer o júri. Cara, ela estava com decote que ia ter umbigo. Mas aquilo mostraba tudo. Bonita, rapaz. E ele olhava assim. Aí o promotorzão me chamou e falou: Vendaminho, o negócio é o seguinte: Você vai fazer perguntas para ela sobre isso aí tudo? Porra, eu falei: Doutor, fazer o quê? Você vai pedir a condenação dele por tentativa de homicídio? Eu não vou, doutor. Vamos fazer o seguinte, a gente condena ele por lesão O que é o juros? O juros é corporal leve. Está bom? Pega ano. Está bom. Falei: Bom, deixa eu conversar com ele. Ele falou: Não, está bom. Falei: Está bom, doutor. Então, a gente não faz inquisição com a testemunha, com a vítima, e você não mostra a agenda. Eu falei: Não, não vou mostrar. Mas só que nós vamos fazer o júlio. Mas conheceu esse grupo, não sabe?
Não, não, não. Uma folha do juiz.
O acordo foi feito, mas só que nós fomos fazer o júlio, então o promotor tinha que falar, ele tinha que falar, explicar para o jurado e pedir o porquê que ele estava pedindo aquilo. Aí o motoro, eu falava assim: Porque esse homem, senhor jurado, que está lá sentado, esse homem... Até de sarro, eu baixava a cara e eu: Filha da puta, o promotor. E ele, o réu, ele foi interrogado. Cara, ele chorava. Ele amava ela. Ele era corno mesmo. Não, ele amava, amava assim, comensuravelmente. Então, foram esses dois juros que eu fiz aí, que eu achei muito engraçado, porque são coisas atípicas.
E aí, o final, ele pegou ano só.
Já estava prescrito também, não é? Nem pegou. Ficou só...
E depois voltaram.
Eu nunca mais ouvi, mas eu não duvido não que ele voltou.
Ele voltou, voltou. Só se você falar como é que ele estava com a carinha dele lá, ele voltou.
Ele chorava, cara. Aí, cara, é filho máximo. Ele falava para o jurado: Eu amo ela até hoje. Aí eu falava para o jurado: Seram os jurados. Cadana de mulheres. Esse homem que está sentado ali ama essa mulher até hoje, e qual o problema de ela ter corneado ele? Qual o problema? O homem não pode perdoar a mulher? Só a mulher que pode perdoar o homem?
Você não perguntou para ela: Você ama ele ainda?
Não, ela não foi nem ouvida. Eu tinha acertado com o promotor. Nós dispensamos ela.
Mas você não ficou na curiosidade de perguntar umas coisinhas para ela?
Não, estava tudo na agenda. Estava tudo no diário, cara. O Diário, o cara, o Diário, ele era bravo. O diário é nervoso.
Você lembra de alguma coisa absurda?
Do diário? Não posso falar aqui. O PM malvadão, ela fala: ele é tão malvado, ele faz isso, eu não posso dizer o que era. Ele tomou o pano. Tinha que ter papo Mike. Tinha, Mike é Mike. O Mike é Mike.
Irmão...
Eu falo com os caras, eu falo com os policias, meu. Você separar a sua mulher é você trocar seis por 12. Porque você vai trocar a sua mulher, vai pegar outra e, meu, ela vai virar mulher.
Olha, eu só acho assim, o casamento, ele só termina por fator. O casamento. Só por fator. Falta de confiança. Falta de amor. Se acabar o amor de pelo outro, não tem como você ficar junto. Como é que você vai dormir com uma pessoa que você não ama mais?
É, porque tem muita gente que faz isso hoje por comodismo, mano, vou terminar, vou ter que trabalhar, eu dependo de, não sei o quê, você é louco.
Por que você terminou o amor, ninguém fica junto, não não consegue ficar. Eu estou 50 anos com a minha esposa. A gente se ama até hoje, a gente se gosta muito, se respeita bastante e eu não conseguiria ficar sem ela. Eu não sei o que vai acontecer daqui para frente, que ela está com 69 anos, eu estou com 70. A gente não sabe o futuro, vai O que vai acontecer daqui para frente. Mas você acaba pegando liame, cara, você pega uma consideração pela pessoa e tem que ter amor, tem que gostar. Se você não gostar, você não fica junto, não adianta. Não adianta, nem filho segura, nem nada. O filho pode segurar às vezes, por uns tempos, por causa de pensões, de percordas.
Depois da 18 anos, o filho vai para a faculdade.
Mas, mesmo assim, o pai continua.
Tem muitas mulheres que ficam ali, porque também, que nem o Daniel falou, às vezes por causa do comodismo, às vezes por causa de: Eu tenho o meu filho, eu vou sair, vou me aventurar aí.
Não quero, já estou velho, não quero mais ninguém, vou ficar aqui mesmo e foda-se.
Então a vida de casado é bom.
A minha é maravilhosa.
Não, é boa, eu que nem eu digo.
Não, estou falando maravilhosa porque é mesmo, não estou falando zoando não.
Eu tenho uma esposa que caiu do céu para mim, ela é anjo. Ela está assistindo. Irmão, vamos- Para aguentar o Vendramini.
Não, imagino. Você já tem que transorcizar ela?
Ela que me exorcisa. Para aguentar o vendemine... Para aguentar a Polícia, meu. Para aguentar a polícia. Polícia é ório para você. Você imagina eu sair da polícia, comecei a advogar sem dinheiro, nem nada, com a minha cabeça como era. E uma coisa que me machuca até hoje, cara, eu não curti os meus dois filhos. Eu não curti, cara. E a gente acaba bebendo porque é falta de dinheiro. Pior coisa que tem para homem ficar sem dinheiro. Você entra numa depressão, você entra... Eu acho que foi a bebida que me segurou para não fazer uma besteira. Eu pensei até me matar uma época sem dinheiro, cara. E não é fácil. E eu ir numa luta trabalhar, porque minha esposa teve que parar de trabalhar para cuidar dos filhos, porque não dava para não, nem com babar, nem nada disso. Então ela parou trabalhar para cuidar dos filhos e quem levava o dinheiro para casa era eu. Então eu não ficava com meus filhos, eu não curtia a adolescência deles, eu não curtia infância, porque eu não ficava quase em casa.
Porque não tinha dinheiro, não é, esse cara?
A vida do police é esse daí. É Isso é a vida do Polícia, é isso que ninguém vê. Eu tenho, no meu casamento com a Doracida, eu tenho dois filhos. E quem criou? Eu falo para todo mundo, quem criou meus filhos foi ela. A gente só chegava com o J, chegava com dinheiro.
É, mas às vezes os filhos têm que entender isso, porque E talvez amanhã, depois, eles sejam pai, sejam mãe, vão entender, principalmente o homem. Você é homem, tem bril. Você ver o seu filho sem uma coisa que você não possa comprar nem nada, isso dói. Então, eu não curti os meus filhos. Mas eu me dou muito bem com eles, com meus dois filhos, eu me dou muito bem. Mas é por isso que vou estragar neto. Você tem netos? Não, não me deram neto ainda, eu estou esperando. Estou esperando, cara. O dia que eu O dia que eu tiver neto ou uma neta, eu vou fazer... Aí eu vou curtir, porque eu não pude curtir eles. Me desculpem, meus filhos, mas quero que vocês entendam isso do pai, porque para mim não foi fácil, não. Então, às vezes, o pessoal reclama pouquinho da gente, mas não é fácil. Você, sem dinheiro, com filho para sustentar, não tendo dinheiro para comprar comida, como eu não tinha. Então me desculpem, perdão, meus filhos, por não ter curtido vocês do jeito que eu queria curtir, cara.
Mas eles entendem, certeza.
Eles vão entender, porque...
Não, eles entendem.
Gente, eu me ponho no lugar do senhor, porque eu também, apesar de ser pouco mais novo que o senhor, mas eu me vejo assim porque eu tenho dois filhos e... Não, na O meu casamento, eu tenho quatro filhos, mas no meu casamento eu tenho dois. E esses dois aí, assim como a minha filha, que é mais velha, eu não curti, cara. Então a gente não corre porque eu trabalhava na PM 12 horas e 12 horas no Bico.
Era eu.
É a nossa vida.
Quando eu casei, eu aluguei apartamento bonito, quando eu casei com a minha esposa, e eu comprei todos os móveis da minha casa com o dinheiro do Bico. Eu falei a Bico direto, porque a rota antigamente era 8 por 40. Se trabalhava 8, eu descansava 40. Por, 40 horas para descansar, eu ia trabalhar, que eu tinha vigor físico terrível, era Bico, Bico. Eu fazia serviço de vigilante em rua. A gente arrumava Bico para tomar conta de rua à noite, Eu fiz muito, eu fiz muito. Eu estava entrando o grano, eu fazia. Eu fiz muito, eu fiz. Eu fiz tudo isso aí. Então é difícil, cara, é difícil. Porque eu não tive uma orientação dos meus pais, que foram maravilhos, mas eu não tive uma orientação de nada. Eu cresci Fui da minha cabeça, cara. Eu fiz a faculdade de direito, não foi para ser advogado. Eu não queria ser advogado nunca na minha vida. Eu queria ser delegado de polícia. Eu passei em dois concursos para delegado de polícia, eles me reprovavam no oral. Aí eu conversei com o delegado e falou: O que é o nome de você, André Minas? Você nunca vai ser delegado na tua vida.
Eu falei: Por que, porra? Por causa dos seus antecedentes. Você não pode ter antecedentes, você tem homicídio para cacete, você foi absorvido em tudo. Mas eles não vão te aceitar nunca. Eu passava no escrito, eles me reprovavam no oral naquela época. Eu queria ser delegado, cara. Eu ia ser baita de delegado de polícia, você não tem ideia. Aí eu fui para a advocacia, obrigatoriamente falando. No começo da carreira, fui trabalhar com advogado civilista. Eu não aguentava fazer audiência cível, é tudo não me toque aqui, não me toque ali, eu falei: Não, isso não é para mim. Aí foi quando o Parada me convidou, fui trabalhar com ele. Aí eu vi o tribunal do júlio e me apaixonei, falei: Poxa, é essa que eu vou. Porque o júlio depende de mim e eu não O tribunal de juiz. Não é o juiz que absorve no tribunal do júlio, o tribunal do júlio que absorve é o jurado. Então eu faço o tribunal do júlio uma lavanderia. Quando o juiz na instrução criminal pisa muito na bola, no tribunal do júri, eu casco ele no tribunal do júri. E ele tem que ouvir, ficar quieto. Você entendeu?
Outra coisa absurda que estão fazendo hoje, eu falo para os advogados, o advogado quer gravar por áudio o julgamento no júri. Tem juiz que O Código de Processo Civil, se eu não me engano, no artigo 697, eu não me lembro agora, desculpa, se eu estou falando o artigo errado, diz que as partes poderão filmar e gravar as audiências independentemente da autorização do juiz. Então, se eu tiver com gravador, eu posso gravar o júri. Eu não preciso pedir nem ordem para o juiz, isso está na lei. Aí eles estão dizendo que a LGPD, que é a lei de garantias de dados de pessoas, tal, essa LGPD proíbe a gravação, a voz e a imagem de pessoas. Só que eu digo o seguinte: no artigo sétimo, advogados e advogadas, no artigo sétimo, inciso sexto por causa da LGPD, ali está autorização para o advogado gravar ou filmar a audiência. Então quando o juiz falar que ele proíbe por causa da LGPD, você fala: Excelência, dá uma olhadinha no artigo 7º, em ciso 6º dessa lei do LGPD. Eu posso gravar, está escrito no em ciso 6º. Aí eu quero ver o que o juiz vai fazer. Então estou dando a dica aí para o pessoal, se quiser gravar isso aí.
Falando em dica, aqui teve rapaz aqui, já passou aqui, que pediu para você dar uma dica para o pessoal que está querendo indo iniciar a advocacia agora.
Pm, não é? É, PM.
Por isso que quer iniciar na advocacia.
Qual conselho você dá?
Eu acho o seguinte, tem que ter muita coragem, porque você não vai ganhar dinheiro no começo. No começo, vai ser triste, não é? E você se envolvendo com bandido, com a criminalidade, até pode, desde que você não faça parte da quadrilha. Então, como é que você trabalha para bandido? Porque eu tenho colegas meus que são advogados do PCC, advogado que trabalha para esse Mas esse colega de advogado, esse colega de advogado que eu conheço, eles são profissionais. Eles não dão sorriso. Trata o camarada como cliente, você entendeu? Não fica guardando nada no escritório, não fica atento a nada, não quer saber de nada. Ele defende daquilo que o indivíduo é acusado e não promete absolutamente nada. E está ganhando o dinheirinho dele. Ótimo, maravilha. Mas se você for partir para uma dessas e você começar a fazer amizade com os caras, está fudido.
Querer frequentar lugar que os caras frequentam...
Está fudido, está fudido, está fudido. Não pode misturar. Se você misturar... Olha, eu vou contar particular aqui. Isso aí é uma coisa minha que eu estava precisando de dinheiro na época e PM, ex-PM, que expuso a PM, falou: Vendalha minha menina defende cara do PCC? Falou para mim. Eu falei: Não, bicho, eu não defendo isso aí, não. Não, mas é bandido matando bandido. Não tem nada a ver com a PM. E era dos líderes, isso há muito tempo atrás, eles já mataram esse cara. Aí eu falei: Porra, bicho. Eu fui polícia, cara. Eu fui polícia da rota. Como é que eu vou defender o cara do PCC, você é louco? Eu falei: Vendamini, os caras te conhecem, eu vou trazer a esposa dele aqui. O cara estava preso. E ele tinha matado dois... Integrantes. Integrantes lá. Eu falei: Está bom, pode trazer aí. Aí a mulher veio Eu vim no meu escritório e viu com dois caras. Moram encarados para caralho, sentaram na minha frente. O senhor Vendamini, eu estou aqui autorizada para conversar com o senhor e eu gostaria que o senhor defendesse o meu marido, que eu já conheço o seu trabalho e sida a sua competência da sua competência, da sua dedicação no tribunal de júlio, ele está respondendo assim, assim, assim, assim, assim Eu só defendo policiais militais.
Ela falou: Nós sabemos. Eu sei disso. Está autorizado pelo comando contratar o senhor.
Pelo comando da PM?
Comando do PCC, porra. Ah, bom.
Falei: Caralho, mano.
É, ela falou assim: Está autorizado o comando, está autorizada a contratar o senhor. Eu falei: Sério, minha senhora? Ela falou: Sério.
Caralho, você já estava conhecido até lá no comando.
Não, os caras me respeitam, bicho, porque eles sabem que eu faço o meu trabalho. Aí eu falei: Bom, sendo assim, eu preciso conversar com ele. Aí, ele estava preso em lugar longe, me pagaram avião, me pagaram uma grana boa para mim. Aí eu peguei e fui. Cheguei lá para conversar com o cara, ele veio, cara simpático. Veio conversar comigo, eu chamando ele de senhor, sem intimidade. Aí no final eu falei: O senhor sabe que eu fui para o seu homem de estado da roça. Doutor, nós sabemos da sua vida inteira. Nós sabemos tudo que o senhor foi, o senhor fez. O senhor não vai ser... Eu quero que o senhor me defenda. Eu já tinha olhado o processo, estava uma teta para defender o cara, estava fácil para defender. Falei: Olha, eu vou defendê-lo porque não tem envolvimento de polícia, mas eu vou defendê-lo. Ele falou: Está bom, quanto é que o senhor vai cobrar? Você falou: Eu vou pagar o quê? Agora eu vou ganhar uma grana, vou ganhar uma grana. Falei: Vou chutar pouquinho alto para ver se o cara fala não. Os caras concordaram, bicho. Aí pegaram tal, me deram uma grana para começar, ainda O cara ainda faltava tanto.
Aí esse camarada saiu da cadeia, eu sei que foi fazer uma besteira aí e mataram ele. Porra, mano.
Mas você ganhou, ganhou.
Não, ganhou tanto. Faltava mais tanto.
Você ganhou, conseguiu libertar ele.
Ele saiu, não fui eu que libertei. Eu não vou na outra advogada, no outro caso, que libertou ele. Bom, enfim. Mataram ele, mano. Aí ele saiu, veio para cá e foi fazer uma... Vocês acabaram matando o cara. Aí eu falei: puta merda, e agora, né? Os caras vão vir pedir o dinheiro que me pagaram, bicho. E quando você volta? Eu vou ter que devolver. Já tinha pagado aluguel... Não, não tinha gastado. Não, já, eu estava duro, cara. E faltava tanto para me pagarem ainda. Mas faltava bastante? Faltava bastante, mas eu que tinha recebido, eu já tinha me livrado à cara, entendeu? Já tinha bem afogado. Aí eu falei: Meu pai do céu, o que eu vou ter que fazer? Vou ter que vender o único carrinho que eu tenho, não sei o que lá. Bom, foda-se, vamos aguardar. E eu estou quieto no meu canto. Aí, de repente, dia, eu estou no escritório, tocou campaninha. Aí eu olho, eu olho mais, era a mulher do cara com dois capangão.
Nossa, meu coração já acelerava já.
Aí eu falei: É hoje. É cobrar. Aí eu vim pedir o dinheiro de volta. Aí eu abri a porta, entraram, sentaram lá na sala, falei: Pois não, senhora, eu sinto muito pelo amor do seu marido, tal, tal, aquele papo todo, tal. Aí eu falei: Agora vai vir a pedida, eu vou ter que dar jeito de... Apesar que não deveria dar, de jeito nenhum, mas sabe como que é. A culpa não era a sua. Sabe o que a mulher fez, bichu? Pagou o restante. Não. Chegou para mim e falou assim: Doutor Vendramini, eu só vim aqui agradecer o senhor pela atenção que o senhor deu para o meu marido, a atenção que o senhor deu para mim, o seu profissionalismo. O senhor fica tranquilo, está tudo certo. O nosso caso terminou aqui, o senhor não se preocupa com nada. Eu, muito agradecido por tudo. Eu falei: Meu Pai do céu, que milagre, bom. Aí foram embora. Aí não me apareceu mais nada de si pessoal. Não me veio mais nada, porque não era para mim, enfim. E por isso que eu te digo, às vezes, me desculpem a minha forma de expressão, mas às vezes eu prefiro você lidar com bandidão experiente do que lidar com trouxa.
Você entendeu? O trouxa é aquele que treme, treme, treme e te mata por causa de uma besteira. Aquele bonzão é o cara que é ladrão, mas ele tem, entre aspas, o moral dele. Código de ética. Uma ética profissional que eu respeito, porque eu fui sequestrado. Eu participava em programa em Barulhos.
Calma, já você contou sequestro.
Termina-se daí. Então, o que acontece? Você... Obviamente, eu não concordo com o crime. Eu não Eu não me acordo com violência criminal, nada disso. Porém, esse pessoal, queira ou não queira, eles têm código de ética que eu digo assim, eles têm o moral deles, porque se quisessem, era só chegar em Eu ia fazer o quê? Eu ia pedir protecção para quem? Fala para mim.
Para ninguém, só para Deus.
Não ia ter protecção, ia ter que devolver. Aí os caras foram homem comigo. Foram homem comigo, por isso que eu respeito. Não concordo com o que fazem, mas eu respeito esse moral porque me respeitaram como homem, e eu respeito eles como homem também. Agora, o crime eu não concordo de jeito nenhum.
Eu sempre falei aqui, que o ladrão, não ladrão bom, que falar ladrão bom, não existe ladrão bom. Mas o ladrão mesmo, o cara que é ladrão mesmo, não nóia. O cara que é ladrão mesmo, o cara que é ladrão mesmo, o cara que é ladrão mesmo, o cara que não é nóia, ele respeita a gente.
Respeita.
O cara chega e fala assim: Olha, senhor, caiu a casa, perdi, o cara não te trata mal, o cara não faz nada.
Quando eu saí da PM, o sargento, quando eu saí da PM, o pessoal falou para mim: Vem, Dramini, muda de onde você mora, caralho. Porra, você fez isso, fez aquilo, que eu morava no Jaçanã, nessa época. Morava lá há mais de 20 anos, cara. Aí eu falei: Eu não vou mudar de lá, porra nenhuma. Eu vou continuar morando lá e sair da PM. E normal, paisando, não andava mais armado. Aí eu entrava nas padarias, perto de casa, para tomar uma. Aí os caras me olhando assim: E aí? Eu falava: E aí, tudo bom? Toma uma cerveja aí? Os caras: Tudo bem. Não me colocaram uma mão, sabe por quê? Eu nunca fui covarde com criminoso. Eu nunca fui de agredir o cara. Eu Eu nunca fui desrespeitar. Eu chegava junto. Ou o cara me dava tiro, ou eu dava tiro nele. Mas eu não pegava, algemava o cara e ficava agredindo, batendo. Eu não zoava o cara. Eu não zoava. Se entregou, está entregue. Entendeu? Os caras sabem respeitar isso. Os caras sabem respeitar isso. Agora, você pega o cara, você faz, depois você fica zoando.
Depois que o cara é algemado, o cara está ali, você fica: A gente na cova, vai.
Não, não. Então, aí eu pude perceber. Eu falei: Caramba, porque sempre foi minha atitude assim na polícia. E aí eu saí, fiquei morando lá onde eu morava, nunca me condicionou nada. Aí eu tomava, entrava a tomar cerveja junto com os caras, ficava lá, eles no canto, eu no outro. Nunca, nunca, nunca, nunca eu tive problema. E esse caso que eu fui defender desse rapaz aí, que depois veio a fallecer, é que eu não digo eu, não concordo com o que eles fazem, com o tráfico de droga, com o roubo, nem nada disso, eu não concordo. Porém, me consideraram como homem, e eu os considero como tal, entendeu? Tem moral, tem moral. Boa.
Mas e o Carlos, que você foi sequenciado, qual que foi?
Eu estava em Guarulhos, eu tinha uma... Naquela época, eu já estava pouquinho melhor, eu estava com uma pageirinha, tudo tal, e tinha lá a TV8, que era programa de televisão que tinha em Guarulhos. Eu subia, eu deixava meu carro numa quebrada assim, perto de uma pastelaria, parcelzinho, o céu aberto, e ia fazer o programa. Participava do programa, aí depois eu descia. Nesse dia eu desci com o pessoal do programa, eles foram até a porta do meu carro: Tchau, Vesamini, tchau, tchau, tchau, tchau. Conforme eu abri a porta do carro, assim, o cara enfiou o revolve aqui do lado, uma pistola: Senta para lá, eu... Senta para lá, camarão, falou camarão ainda. O cara me... Você não vou obelhar, mãe. O cara me... O cara me conhecia do ratinho, cara. Senta para lá, camarão. Aí eu peguei, sentei do lado de lá e fui abrir a porta para descer. Nessa já tinha o outro sentado atrás, e ele me segurou, colocou a revolve na minha nuca, falou: Não tenta descer não, cara. Aí o cara sentou do meu lado, sentou do meu lado, o sangue correndo aqui. Aí eu falei: Puta minha, eu falei: O meu negócio é o seguinte, tudo certo, falou: Fica frio.
Mas era bandidão de idade, cara manhoso, entendeu? Por isso que eu respeito os caras, cara manhoso. Ele falou: Fica frio, só queremos carro. Falei: Sério mesmo? Só queremos carro. O carro era automático, eu ensinei ele a mexer, falei tal. Aí saiu tudo de presto. E estamos descendo lá, Avenida Guarulhos, para o sentido Fernão Dias. O cara: Vai devagar, aí, porra, eu sentado aqui na frente. Falei: Você vai chamar a atenção da polícia, fica tranquilo. Aí passou uma barca por nós, cara. Puta. A sorte que ninguém viu nada. Aí nós continuamos, tal. Aí pegaram a Fernão Dias. Eu falei: Agora vamos colocar pano na minha cabeça. Porra, sequestro. Sequestro, foi: Estou fudido, não é? Aí o cara: Meu, como é que está? Eu falei: Rapaz, eu estou fudido, falei para o cara: Como fudido? Eu falei: Porra, eu estou até agradecendo a você de levar esse carro aqui, porque está difícil eu ter dinheiro. Eu falei: Os carros têm seguro? Eu falei: Tem. Ele falou: Quanto que é o seguro? Eu falei: Tanto. Falei: Então, eu vou fazer o seguinte, eu vou levar teu carro, você pega o dinheiro do seguro, compra outro uma barata e guarda uma graninha ainda para você.
Olha, dá uma orientação.
Mas o outro corregou a minha nuca aqui. Eu falei: Pai do céu, por que você fica, bicho? Mas eu fiquei tão calmo na hora, eu fiquei relaxado, cara, parece que baixou o negócio em mim, assim, uma luz, eu fiquei calmo e conversava com ele, eu falava: Olha, é o carro que o senhor quer, fica tranquilo, tal, tal. Aí eles pegaram a Dutra, sentido Fernão Dias. Aí eles pararam debaixo de viaduto, falou: Desce essa porra aí. Dá o dinheiro aí. Eu peguei a carteira assim, tirei, mostrei, eu falei: Olha, eu tinha, acho que R$ 80, R$ 70, uma de 50, uma de 20. Dei para ele, guardei a carteira, não me pediu mais nada. Aí ele falou: E o celular estava aqui no meu bolso, o cara não viu. E não tocava o celular, minha sorte. Aí eu falei: E esse relógio aí? Aí eu tirei o relógio, era uma Oriente, aquele vagabundo. Aí passei para o cara de trás, ele não quis meu relógio. Olha assim, não, não, não, não, Eu não quero que essa prova me pegou, me devolveu o relógio, eu coloqueou de novo. Aí ele parou o carro e falou: Desce. Eu falei: Poxa, eu sou da licença, eu posso pegar embaixo do seu banco uma disqueteira?
Que tinha disqueteira naquela época. Eu tinha vários CDs religiosos ali, que eu ouvia os hinos religiosos. Eu falei: Eu posso pegar, são índios religiosos que estão embaixo do seu banco. Ele falou: Pode pegar. Eu pude pegar uma arma ali. Aí eu baixei assim, eu falei: Estou pegando aqui. Ele falou: Pode pegar. E o outro com a arma apontada na minha cabeça. Aí eu peguei e puxei a disqueteira e falei: Está aqui, senhor. Eu posso pegar o restante dos CDs que estão no Porta Luva? Ele falou: Pode. Eu peguei aquele monte de CD, aí abri a porta, o cara de trás desceu e eu desci. Conforme eu desci, rapaz, aquele CD caiu tudo no chão. Aí eu falei: Lága essa merda aí. Aí eu saí para embora, eu falei: Lága aí, tudo bem. Ele falou: Não, não, não, não, não, volta aqui e pega. Falei: Ai, meu deus, do que é, mano?
Vou morrer agachado, vem aqui.
O ladrão que estava atrás me ajudou a pegar ainda.
Caralho, meu.
Eu estou cara de pau, não sei o que me deu. Eu falei para o cara que estava dirigindo, eu falei: Poxa, me arrumou uma graninha para me pegar o ônibus, eu tenho que pagar 100. Juro por Deus, pela minha mãe. Ele falou: Você é fogado para cacê, tem caro. Me deu os 20 reais, ficou com 50 me deu R$ 20,00, eu falei: Muito obrigado. Aí eles foram embora, chegou o ônibus, eu sangrando aqui tudo. Aí paguei o ônibus, fui para casa. Aí depois eu fui na delegacia fazer a queixa. Aí depois o carro foi localizado no Paraná, mas o seguro já tinha me pago. Olha, eu vou te contar, eu não desejo isso para ninguém, não, bicho. Que situação, caral. Eu não sei o que aconteceu naquela hora, os caras me respeitaram muito, bicho. O camarão, e o ratinho lá, como é que está? O cara perguntava para mim, eu falava: Vai, ele está bem.
Está bem, muito bem. Doutor, o O meu primo aqui mandou uma mensagem para o senhor falando: Fala para o doutor Vendramini que seu primo Paulo está cursando terceiro semestre de direito e que se ele for 10% do monstro que o doutor é, ele está completamente realizado. E que dica ele pode dar na parte prática para chegar a nível tão alto? Abraços, parabéns, Daniel Schneider, dos melhores podcasts.
Bom, a parte prática do júri, eu fiz três cursos na OAB, eu fiz três cursos na OAB de prática de júri, e não era para advogados, é advogadas. Então o direito, pressupone que já sabiam, porque fizeram faculdade de direito, onde o advogado é advogado, eu dava a parte prática, a oratória, entendeu? E isso, Vai de cada os meus filhos eram pequenos, dia perguntaram para mãe assim: Mãe, o pai está louco? Porque eu ficava sozinho em casa, gesticulando na frente do espelho. Eu ficava gesticulando, falando. Você sabe que nós, e não gostamos da nossa voz, até conhecermos ela. O que eu fazia? Eu gravava a minha voz no gravador e eu punha para ouvir a minha voz. Avarra aqui para ele, pode falar. Eu punha para ouvir a minha voz, para acostumar com a minha voz, para dar grave, agudo, para fazer drama, entendeu? Isso eu treinava sozinho, não tive cursos nem nada disso. E eu tinha livro do doutor Parada Neto que chamava Oração aos Moços. Esse livro é de Rui Barbosa. Ele quando paranenfou a turma de formantes da Faculdade de Direito do Lago de São Francisco na década de 30, ele escreveu esse livro e fez uma homenagem aos magistrados.
E eu decorei tudo isso, porque quando eu cumprimento os juídes, eu declamo isso. Sabe onde eu decorei isso? Sentado no banheiro. Verdade, e repetia, repetia e decorava. E meus filhos: Pai, mãe, o pai está louco. Eu ficava falando sozinho. Então, a prática, não tem mistério, não tem mistério. É que nem eu falo, tribunal do júri é papo de buteco. Sabe o que o Parada Neto fazia com a gente quando eu trabalhava com o Parada, que eu não estava exime no Jury ainda? O Parada pegava quem trabalhava com ele e os alunos dele, que ele tinha curso também na Academia Paulista do Jury. Ele levava no karaokê. Vamos no karaokê todo mundo. Não pode beber, sem beber. Aí todo mundo entrava no karaokê e todo mundo tinha que levantar e ir lá cantar uma música, mas de cara limpa. Aí depois, você poderia beber. Para que isso? Para desenvolver, para desinibir a pessoa. Eu vou começar uns cursos de júlio com colega meu, mas é júlio prático. Eu faço o colega que está lá, o A colega fazendo o curso conosco, para fazer a oratória. Eu dou processo com as peças principais, aí o colega vai lá, coloca uma bec e vai fazer uma defesa de 40 minutos, 45 minutos, para desenvolver a oratória, a retórica, entendeu?
Para desenvolver, para desinibir. Eu lembro quando eu comecei no júri, eu totalmente apavorado, eu tremia, tremo até hoje, mas eu tremia demais, eu não conseguia controlar o horário. Eu tinha uma hora para falar, uma hora, duas horas para falar, de repente já tinha terminado as duas horas e eu não tinha falado tudo, porque eu não controlava o horário, muito ansioso. Aí depois, com o tempo, você vai controlando o horário, você controla a sua fala, o jurado gosta muito de histórias, você contar caso, entendeu? Então, eu Eu declamo muito o Rao Seixas, no tribunal do Júri. O grande poeta brasileiro chamado Rao Seixas: Era uma vez sávio chinês que dia sonhou que era uma borboleta voando nos campos, pousando nas flores, vivendo assim lindo sonho. Até que dia acordou e uma dúvida para sempre lhe acompanhou se ele era sávio chinês que sonhava que era uma borboleta ou se era uma borboleta que sonhava que era sabre chinês. Não tenho dúvida, jurados. Absolvam esse reto, entendeu?
Para finalizar o vídeo, manda abraço para o Paulo.
O Paulão, obrigado, meu primo. E é o seguinte: basta ter coragem, basta ter abnegação, a honestidade acima de tudo, sempre falando a verdade para o cliente, estudando muito o processo, sabendo virgulas, ponto e vívulas de processo, sabendo tudo e tendo cara de pau, treinando no Boteco, conversando com seus amigos, fala tema, é assim que você desenvolve o Oratório, entendeu? É isso que vale o tribunal do júlio. E também a parte técnica, que você tem que saber o rito do tribunal do júlio, as teses defensivas, entendeu? Estude bastante isso. Então é por aí o caminho.
Vamos falar do Highlander para finalizar, liberar o doutor aí, porque três horas de podcast, que horas são? 11 horas. Onze horas? Eita, nossa, eu ficaria aqui mais duas horas ouvindo. Tem gente assistindo ainda?
Porra, mano.
Sete das pessoas, mano.
Muito obrigado, viu?
Todo mundo elogiano, todo mundo elogiano, cara. Nossa, não tem uma pessoa aqui que me esteja elogiano.
Aqui eu estou falando... Que é sensacional. Eu decorei uma homenagem aos juízes de Rui Brabosa que eu faço no tribunal de júri. Eu falo assim: Magistrados do presente e do futuro, não vos deixeis contaminar por contagem do tão maligno. Não neguei jamais ao erário, à administração, à união os seus direitos. São tão importantes como quaisquer outros. Mas o direito dos mais miseráveis dos homens, o direito do escravo, do mendigo ou do criminoso, não é menos importante e perante a justiça que o do mais alto dos poderes. Antes, com os mais miseráveis, é que a justiça deve ser mais atenta e redobrar de escrúpulos, porque são os mais mal defendidos os que suscitam menos interesse e os contra cujo direito conspiram na inferioridade com as minguas dos recursos. Preservai, juízes, de hoje de amanhã, preservai vossas almas juvenis destes baixos e abomináveis sofismas. A ninguém interessa mais do que a magistratura fugir do medo, esquivar humilhações e não conhecer cobardia. Todo bom magistrado tem muito de heróico em si mesmo, na pureza imaculada e na plácia da rigidez, que a nada se tema e a nada se doble, senão da outra justiça. Acente cá embaixo na consciência das nações, e fulminante lá em cima, no juízo divino.
Recebam os meus cumprimentos para a Magistratura de São Paulo do Brasil. Aê, cara. Então é partir para esse caminho. Porque às vezes não é só você chegar lá e falar, defender, pegar o processo e ficar... Você tem que quebrar o gelo para o jurado. Contar uma historinha para o jurado, você entendeu? Então é por aí o caminho, você ia perguntar o quê?
Não, ele falou para a gente finalizar para você contar dos Highlander, como é que foi lá.
Os Highlanders, os Highlanders, nem me lembro, mas faz muitos anos, cara. Eu sei que foi todo mundo absolvido, e teve duas turmas de Highlander que eu defendi. Uma era dos policios acusados lá, que tinha a cabeça no canto, o braço no outro, Nossa senhora. Não, deu negativa de autoria. O negativa da autoria, né? O absolvido foi negativa de autoria.
Todo mundo naquela época. Mas existiu mesmo esse caso? Porque a galera fala: Não, é boate, é mentira.
Sim, os Highlanders. Teve dois casos de Highlanders. E a imprensa que apelidou de Highlander. Assim como apelidaram o Gâmbra é o Gâmbra de Rambo. O Gâmbra nunca teve esse apelido Rambu. Quem colocou esse apelido nele foi o Marcelo Rezende. O Gâmbra nunca teve o apelido de Rambo. O Mídia, Foi a média? Foi a média que colocou, aqui nos Ráilandos. Apareceu o cara com a cabeça cortada, com espada, com faca, é os Ráilandos, cortador de cabeça. E isso prejudica muita gente.
Aí foram acusados quantos policiais?
Foram vários, cara. É que faz tantos anos, desculpa, mas eu não lembro. Eu já defendi o Batman no tribunal do Júlio. O Batman? O Batman.
O que é que era o bate da- O Renato, foi o Batman, não é?
O policial se vestia de Batman. Porra, mentira. Era o Batman, pode ver se o Renato está aí, ele vai lembrar. Ele se vestia de Batman. Ele era dos super-heróis. Puta, você morria de recal. Ele se vestia de Batman. Caralho.
O que ele fez, caralho?
Ele mandava tiro nos outros na rua. O que é uma O que Batman charope da porra, mano. É, eu já te fiz, foi super heróico, o Batman.
Os caras, todo mundo aqui adorando, falando para fazer o Endres, eu cheguei agora, eu estou querendo a parte dois.
Não, foi bom demais, você é louco, mano.
O Antônio Camago, aula do Camarão, parabéns, doutor.
O Camargo, o Camargo é só a sua mãe, você sabe disso, não é?
O Camargo, vamos convidar você para você vir aqui, viu meu? Porque você deu trabalho para caralho para o doutor Vendramini, cara, você tem que vir aqui contar essas histórias.
Eu só agradeço ao Camargo, o Alexandre por ter ele confiado em mim. E eu vou aí no pesqueiro, viu cara, tenha certeza disso. Você me desculpa, eu peço perdão, Camarguinho, do livro, cara, eu não esqueci do livro que foi, acho que sua sogra, não sei quem foi que fez o livro que deixou separado para mim. E eu cabessudo, esquecido do jeito que eu sei, que eu sou, aliás, eu esqueci de pegar o livro, cara, me desculpa mesmo de coração, mas eu vou pescar e eu sou pescador de primeira. Isso é verdade? É sim, senhor.
O Bel, pega esse link aí que eu vou te mandar agora e manda no chat da live para a gente falar do nosso patrocinador, que é o... Estou esperando minha arma chegar para mandar nos caras lá, porque olha... Está difícil, hein, Pazine? O Pazine, cadê minha arma?
Abraço, Pazine, pessoal da G16.
Kpp, joga no meio aí. Kpp Gunz, mano, certo? O KPP é o novo patrocinador do canal. Ele vende peças para armas de fogo. Bumper estendidos, funis, gatilhos, infinidade de outras coisas e ainda fazem usinagem e customização. Olha lá, os caras pegam o cano da arma, você manda para... Olha que louco isso daí. Eu peguei Bulldogzinho, mas eu vou pegar uma pistola só para fazer isso daí na minha, mano. Que bagulho louco. Chama os caras lá, @kppguns, Instagram, o WhatsApp, o O WhatsApp, o Gabriel acabou de mandar ele no Amaral, foi fora. O Gabriel com os cabelos voados, mandou no chat aí? Clica no link aí no chat da live, chama os caras aí, certo? Manda para aquele amigo seu, o seu policial, que os caras Opa, vai chamar lá também, fechou? Growth, utiliza uma galera aí, estou meio bugado, eu vi tanta história aqui, mano. Ajuda aí, caralho, fala da Growth também, mano.
Eu vou falar da Growth, eu não vou para academia?Mitira.Mas.
É o cupom, mano. Growth, o pai está ficando como?
O pessoal que quiser estar fazendo academia, quiser comprar suprimentos, Growth é melhor, cara, Growth é melhor. Todo mundo comenta que o produto dos caras é impecável.
Hoje, eu Eu comprei, eu tenho o cupom lá para comprar, para receber as roupas, o suplimento, mas eu gostei tanto das roupas dos caras, que eu só vou usar a Growth agora, mano, para sair, para ir para academia. Fui lá hoje, comprei monte de roupa do meu dinheiro. Então, vá lá, compre, eu mesmo usei meu cupom, o Snider, o baguio já deu a diminuída da hora. Então, vá lá e garanta o seu aí, certo? E Blazer, 40 dólares grátis, link aqui embaixo na descrição, 40 dólares grátis com o meu link. Então, vai lá, se cadastra, leva nove segundos para para o cara se cadastrar para o maior 18 anos, joga com responsabilidade, certo? E amanhã vai chegar, amanhã ou semana que vem vai chegar, eita cara, espera aí que o novo patrocinador, vocês vão pirar mano, certo? Então é isso, sigam aí o doutor, só que o Instagram...
Posso me despedir do pessoal?
Não, você vai te despedir, eu quero que a galera te siga, qual que é o seu Instagram?
Eu sei lá, eu acho que é @celsuventramini, acho que é bem...
Manda lá você, você que gostou do podcast, é O Celso vem para mim, eu já coloquei, marquei ele lá na publicação. Vá lá, você que tem dúvida, quer mandar elogio, quer mandar pergunta, manda na direct lá para ele, certo? E doutor, pode dar, agradecer a galera que acompanha nós, que foi podcast top demais.
Primeiro lugar, eu quero agradecer a você, Danilo, ao sargento Castro. Agradecer ao menino ali, o Gabriel. O Gabriel pela recepção, a menina quando eu cheguei aqui, me atendeu da Suele de uma maneira maravilhosa, me servindo o cafezinho, Muito agradável o ambiente aqui, muito legal mesmo. E agradecer a todos vocês aí que acompanharam o podcast aqui. Eu agradeço pela consideração. Agradeço por tudo isso. Eu lutei muito na minha vida. Já vou fazer 70 anos e vou continuar no tribunal do júlio e até eu vou cair duro lá. Eu não saio, não abandono o tribunal do Júlio, jamais. Se você me permite, eu quero fazer o agradecimento a muitos colegas, ao Renato, ao Rivas, a tantos outros colegas, e agradecer, principalmente, ao pessoal do meu escritório, o Lacava, o Maiolino, dois grandes advogados do tribunal do Júlio que estão surgindo aí, que vão estourar, que é o Alexandre Tavera e o Fábio Galvez, que estão comigo nos tribunais do Júlio. Parabéns a vocês dois. Olha se estão no caminho certo mesmo. São Paulo só tem a ganhar com vocês dois no tribunal do Júlio, está bom? E eu gostaria de... Eu não quero encerrar nada aqui. Não, pode encerrar.
Mas sempre quando eu estou numa festividade, que eu consigo uma absorção, geralmente a gente sai do plenário do Júlio e vamos para barzinho comer uma pizza, tomar alguma coisa, e nós sempre cantamos uma melodia muito bonita que eu gostaria que o sargento me acompanhasse. Embora. Embora? Agora eu quero ver. Isso eu sempre canto quando eu termino uma solenidade que me agrade, que eu tenha resultado positivo, está bom? Para todos vocês, abraço a todos, para minha esposa, beijão, para meus dois filhos também.
E antes de cantar, se algum policial, porque muito policial, se existe a gente, quiser te contratar, chama por onde?
Olha, só liga lá para o nosso escritório, o Anota o número aí. É, só vai procurar Lacava Maiolini Vendramini. Lacava Maiolini, é bem conhecido. É, Lacava Maiolini Vendramini. Polícia tudo conhece. Vai entrar em contato lá conosco, pode se associar- Só a Polícia ou se alguém tiver algum outro- Pessoal tudo ligado à área de segurança pública que nós trabalhamos, que é nossa especialidade. Mas caso aparte, dependendo da situação que for, se for curno, por exemplo, a gente defende. Defende, defende, defende.
Então é isso.
Pode mandar a fala aí. Vamos lá? Vamos embora. Sentido frente, ordinário marcha, feijó conclama, Tobias manda, e na distância, desfilha a marcha, nova cruzada, nova demanda, só por todos, todos por dos, 130 de 31. Viva a Polícia Militar! Deem a lista!
Familha, segunda-feira podcast com o assessor do Paulo Marçal, que deu o muro na cara do mano lá.
Não percam.
Não percam, hein? Não foi nenhum podcast, vai contar e vai contar os bastidores de todos os debates, vai ser papo top. Medina, segunda-feira. E vai contar também como conheceu o Paulo, como começou a trabalhar com ele, como que ele é, o que ele está fazendo e vai debulhar. Então não pegue a segunda-feira, 8h00 da noite aqui no podcast. É nós, estamos juntos, valeu. O Paulo está mandando a melhor- Bom final de semana para geral, fiquem com Deus. Agradecer os moderadores, Eduardo Valde, Filipe Lejón, O nosso agente Paula... Belgrado. Belgrado, Eduardo Valverde, Bruna Castro, Pascoli não aparece mais, Morgan e o Wendy.
Esqueci. O agente Paula. Quero mandar abraço também para o pessoal do Grêmio da Boa e das Negras, que eu faço parte. Isso, pô. Eu faço parte dos veteranos da Rota. Boa, boa. E dia 5 de outubro, estaremos lá no BTA, fazendo churrasco nossa, nossa confraterização. Boa. A história da Rota está aí, esses veteranos que deixaram para essa juventude aí, caminho a seguir e honrem sempre o batalhão Tobias é guiar, e principalmente a Polícia Militar do Estado de São Paulo. Um abraço a todos.
Ah, e na próxima, vamos marcar a parte dois, já tomou uma com o Magalhães. Falou que foi boba, já saia bêbado lá junto com o Magalhães. Não acontece daí. Grande Magalhães, você sabe quem é o Magalhães, não é?
É o Maguila.
Teve ocorrência com ele?
Não, o Maguila não, já teve essa cachaçada mesmo.
Então na próxima, lhe conta. Demorou? Então, aí, família, espero que vocês tenham gostado. Eu gostei para caralho. Espero que vocês tenham gostado do pai que está emagrecendo e vai meter o shape. Vocês estão vendo lá na Direct, todo mundo está falando: Caralho, Dani, você afinou o teu rosto, está ficando mais magro. Se você falar que não está, é mentira.
Gabi.
Você é que puxa a saca.
Você quer entrar de preto, mas... Para, caralho. Eu usava a G4, eu estou usando a G1.
Você é louco. Meu amor de Deus.
Quero ver a hora que para de tomar o Zé B.
Olha o rostinho, viado.
Quero ver onde é que para tomar o Ozempic.
Eu estava aparecendo na academia, mano. Academia, suplemento, a porra toda. O velho está com envelhe. Tchau, família.
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