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Transcript of TR3TA ENTRE CORONEL E DELEGADO

Danilo Snider
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Transcription of TR3TA ENTRE CORONEL E DELEGADO from Danilo Snider Podcast
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E chama lá 48 horas de graça para você consultar o seu nome com eles.

00:00:06

Continuar falando do trânsito? Não, a gente fala pode, o que eles falaram do trânsito? Não, a vez eu estava ali no Corinthians, eu fui no túnel do Corinthians, na Radial, bloquei do trânsito, eu olhei para lado, não tinha para onde eu correr, quando não tem para correr, eu falei: Fudeu. Aí ele veio lá na frente, olhou o pneu, olhou o pneu no trânsito, falou: Pode ir. Eu fui embora, ele não viu que eu estava sem placa. Nossa. Ele só olhou os pneus, cara. Aí quando eu saí assim, o cara foi e falou assim: O mano, ele nem viu que você estava sem placa, eu falei: Não viu, cara. Falei: Maravilha. Aí deu uma de paisando, falei: Maravilha, cara, vamos embora. Joguei em marcha, vai tomar banho, os caras só quer prender, só prender.

00:00:49

E é assim, só o cara vem na regula. Só trabalha a dor.

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Só o trabalhador.

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Só o trabalhador. Mas agora eu vou fazer vulpa lumba. Ele falou do trânsito, se O que a Polícia gosta do trânsito. E a Civil, irmão, tem treta com a militar? Você que não tem papa na língua, você fala.

00:01:08

Não, cara, eu peguei uma época, cara, que era muita treta, era muita desinteligência entre Policial Civil e Militar, o Casa deve ter acompanhado, era muita. Hoje em dia, quem está ali no chão de fábrica, não tem essa treta. Mas entre coronéis e delegados, tem a treta e tem o ego, sim. Não adianta falar que não tem, porque tem, entendeu? E sempre vai ter essa pova, infelizmente, que quem paga a conta é a população. E eles ficam bravo comigo, até os delegados ficam bravo comigo. Porque quem leva a Polícia Civil nas costas? Principalmente o escrivão e os investigadores, cara. Exatamente. Quem leva a PM nas costas? Soldado, cabo, sargento, velho. Exatamente. Entendeu? E outro dia eu falei no programa Jovem Pan, infelizmente, tem muito oficial bom, que a gente tem que tirar o chapéu. Eu conheço alguns, inclusive. O capitão Suárez é bom exemplo de capitão linha de frente, foi praça. Mas tem uns que chegam a capitão e não querem mais ir para a rua. Eles querem ficar interno. E têm que ir para a rua. A função principal é ir para a rua, dar cana, prender, guardar as devidas proporções. Se eu fosse policial ou militário, eu cheguei à primeira classe de Eu seria como se fosse tenente coronel.

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Eu era o zero do garra. Eu ia para a rua todos os dias da cana, não é verdade, E cobrava para caramba. Eu ia para dar cana, cana, cana, cana, cana. E você não precisava, não precisava. Mas o que eu falava para os caras? Quando o cara veio pedir uma folga para mim, eu puxava o meu relatório lá. Você é do Garra 7.4, você rodou mil quilômetros, você abordou 40 pessoas e você é zero cana que não prendeu ninguém no mês, porque isso aqui é folga por quê? Se eu que sou zero, eu me prendo para caralho e você não prende ninguém. Vou te dar folga porra nenhuma, meu irmão. Vai prender os outros na rua, uma cidade de 10 milhões de habitantes, você não consegue prender ninguém? E eu era cara duro, meu, chefe linha dura. Mas sempre protegendo meus polícios. Você protegendo quem trabalha. Proteger quem trabalha. O cara deu o cana para caralho, merece uma folga. Prendeu, fez puta trabalho, merece uma folga. Agora, você não trabalha, você quer ficar no bracinho de Horacio pagando de garotos alegres, rondando por ruas e avenida, o Garra. Filho, aqui não, eu não aceito isso, aqui você vai trabalhar.

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Se você não quiser trabalhar, rapa fora daqui, rapa fora daqui. Eu fui zero do grupo de operações especiais, fui zero do Garra, mas sempre trabalhando muito, mas muito. Tinha a época que a gente fazia no grupo 50, 14 flagrantes no mesmo. A gente arrebentava os outros. O outro ligado falou: Para com isso, está ferrando a gente. Enquanto você prende muito, os outros não faz nada. Mas eu tinha prazer, eu pegava meu carro na folga para ir da Cana. Pegava meu carro e me disfarçava para a prova de esketista, vamos da Cana, eu tenho prazer nisso daí. Aí quando eu vejo uns delegados, que é mais para delegado de pelúcia, que nunca prenderam nem o pau no zíper, e vejo os oficiais também que nunca prenderam ninguém, eu começo a me revoltar, Por que quem sofre com isso é a população. Polícia foi feita para dar cana e atrasar a vida de vagabundo, não foi feita para recadar. Isso aí é isso que eu acho, porque eu penso assim, no código de trânsito diz que o policial pode orientar o cara.

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Sim. Pode orientar, tem lá, cabe orientação. Então, orienta o cara. Esse projeto que você tem aí de dar 90 dias para o cara, ótimo, cara. Excelente. Excelente. Eu dou 90 dias para você corrigir. O cara tem três meses para ele correr atrás, você está entendendo? Agora, O cara vai pegar a moto do cara que está trabalhando de integrado. É o ganha-pão dele. É o ganha-pão. O que o cara vai fazer? Vai perder a cabeça, vai dar uma loucura no cara. O cara vai para onde? Compensa.

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O cara vai pensar se compensa, honesto?

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Não compensa, porra. Nesses modos aí, não compensa. A gente fala aqui: Eu sou o cara que... O cara fala: Castor, mas a gente vai prevaricar? Não é questão de prevaricar, você viu? Você orienta o cara, está lá no código do trans. Você pode orientar. Cidadão, nós vamos te orientar agora, vamos te notificar. Você tem tanto dinheiro para você corrigir isso daí. Pronto, acabou. Agora, vai no Fluxo, cara, vai lá no- Não vai.

00:05:04

Não vai.

00:05:05

Não vai no fluxo lá. Não vou nem falar baile funk, porque os funkeiros já ficam- Funk é o estilo musical. É, então vai no fluxo lá. Para de rua. Vai no Fluxo lá, vai lá no Fluxo lá, está cheio de moto roubada, e atrás do lado do ladrão, porra. Não do motoboy que está lá, trabalhando o dia inteiro. Hoje mesmo, parei para me abastecer minha moto, lá quando eu parei para me abastecer minha moto, o cara vem empurrando a motinha dele, intruder, falou: senhor, senhor, não dá para a pessoa me arrumar R$ 5,00. Eu saí para fazer uma entrega, acabou minha gasolina, não O cara lá com o intruderzinha velha, baú nas costas, não era vagabunda, não. Foi: Está aqui R$ 10,00. E ele pegou ali, eu fiquei de olho.

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O cara tinha uma de vaca, hein, cacere?

00:05:39

R$ 10,00, mano? Caralho, meu. Puta que par. Eu só tinha os R$ 10,00. R$ 10,00, vai te pagar o seu pul, mano. É tudo que eu tinha.

00:05:46

O motoboy, desculpa, mano.

00:05:48

Dei 10 contos para o cara, o cara foi lá... Não, e na hora que eu dei os 10 pau para ele...

00:05:51

Deu para ele chegar no outro posto.

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Não, quando eu dei os 10 pau para ele, ele me olhou assim, é surpresa, eu falei: Não, vai lá, meu. Enche o tanque com 10 pau lá e já era. Não, estou zoando, 10 contos, salva para caralho. O cara foi lá, colocou os 10... Eu vi ele colocando os 10 pau lá em tudozinha dele e foi rodar. Porra, mano, aí o police... É lógico que esse cara que não tem 10 conto para colocar lá, ele não vai ter condição, de repente, de pagar uma multa de 300 pau, porra.

00:06:15

Entendeu? É isso. Mas parece que esse cara tem prazer, e para o governo é bom, porque está recadando. Está recadando, recadando, recadando. Eu fico louco com isso daí, cara. Eu, se dia for governador, se tem mil polícias no batalhão de trânsito, eu deixo com 10.

00:06:30

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00:06:31

Só para quê? O que vocês vão fazer? Quem vai dar multa aqui, se quiser dar, vai ser a prefeitura, a CET, quem quiser dar. O que vocês vão fazer? Quando a gente pregar algum carro de ladrão, vocês vêm e caneta ele até uma hora. Isso, porra. Carro de ladrão, de ladrão.

00:06:43

E o dia ser os bloqueios, ia ser onde? Nos fluxos. Faz no fluxo, faz bloqueio lá.

AI Transcription provided by HappyScribe
Episode description

Em cada episódio, mergulhamos em conversas profundas e autênticas, mas lembre-se: as opiniões expressas pelos nossos ...