Transcript of DELEGADO PALUMBO FALA O QUE ACHA SOBRE O DERRITE
Danilo SniderO rei, não fala, cara. O rei, não fala, caralho.
Ele é tímido. Para gravar os vídeos, meu, falei: Meu deus, meu deus. Aí eu ia nos bar com ele, porque lá tem muito bar, na Ribeirão, para ter quente para cacete. Eu não bebo porra nenhuma, eu só bebo água, os caras estão tomando cachaça. Aí a gente ficava sentado: Vocês vão ficar sentado aqui para minha cara, cara? Vamos panfletar todo esse povo aqui, porra. Aí ele ia do meu lado, quietão: Isso aqui é o meu candidato, ele não fala, mas ele é do bem, o caramba.
Aí pronto, já marcou o cara já. Vamos voltar àquilo que não fala, mano.
Faleceu, foi bem voltado, o filha da puta, velho. Mas eu ficava aqui com o Ken de segunda a sexta. Sexta-feira eu ia para lá, ficava com ele na noite de sexta, sábado até meia-noite, uma hora de manhã, domingo fazendo campana, depois vim embora. Cansativo para caramba. Mas eu falei: Porra, eu coloquei ele nessa fria, ele tem que ganhar essa porra, senão eu vou foder ele, que eu faço as críticas para o Derrit. Derrit pode achar que ele tem alguma coisa a ver com isso e fudeu o moleque. Aí eu falei: Você tem que ganhar essa porra, você tem que ganhar essa merda, senão você está fudido. Esse aqui também. Falei: Cara, do jeito que eu treto aí e ponho o dedo na ferida, você nunca mais volta no meu gabinete, você trata de ganhar, senão você está fudido.
Você vai tomar pé que você vai que nem...
E não deixa eu declaro que eu não tenho nada contra derrite, não. Não tenho absolutamente nada contra derrite, mas eu tenho, Castro, obrigação de defender a minha polícia. É lógico. Assim que você amanhã vira deputado, vira vereador, vira senador, cara, você tem obrigação de defender os praços da Polícia Militar. Você tem obrigação. Se você não fizer isso, eu acho que você não vai ser grato. Eu não entrei numa delegacêutiva para pedir voto, não entrei em batalhão da PM para pedir voto, não fui na GCEM pedir voto, mas se não fosse o delegado antes do Palumbo, eu jamais seria eleito. Isso daí é importante. Jamais seria eleito. É importante você ter essa percepção que você tem. Então eu tenho que ter gratidão. E quando eu vejo as viaturas da PM, tudo novinha, tem que ter mesmo, principalmente porque sempre os praços que estão lá atendendo, o patulheiro, tem que ter viatura. Mas a Polícia Civil não pode andar de paratim, caindo aos pedaços? Eu tenho que falar, porque embora eu não tenha pedido o voto para eles, eles vêm me cobrar aqui. E aí, você não vai falar nada? Você não vai falar nada? Você não vai falar nada?
Eu falei: Claro que eu vou falar. E eu recebo reclamação para caramba, só que eu vou filtrando, não fico batendo em tudo que eu recebo. E se eu não fizer isso aí, eu vou me sentir uma merda. Eu vou falar: Porra, meu. Eu entrei- Você vai cuspir no prato que você- Eu entrei porque eu sou delegado e porque eu tinha a oportunidade de aparecer na mídia. E se eu fosse empresário, eu não teria essa oportunidade. E aí eu vou virar as costas para a minha instituição? Não. Não, jamais. Não posso virar as costas para a minha instituição, mas não é nada pessoal com o Derrit. Se começar a tratar as duas polícias de maneira igualitária, cara, eu sou o primeiro a aplaudir, sou o primeiro.
Então, deixando bem claro, você não tem nada contra o Derrit?
Nada, eu não levo nada pessoal. A única coisa que eu levo no pessoal na política é quando ofende Nossa Senhora Aparecida. Foi as únicas vezes que eu apelei mesmo, fiquei transtornado de ódio. Aliás, a minha primeira treta com o prefeito foi por causa de Nossa Senhora Aparecida. Não sei se vocês acompanharam, ele ganhou as eleições lá com o Bruno Covas, ele foi até o Santuário. Depois, ele ganhou agora, foi até o Santuário de novo. Eu estou passando na frente de uma escola, eu era vereador.
Em cada episódio, mergulhamos em conversas profundas e autênticas, mas lembre-se: as opiniões expressas pelos nossos ...