Transcript of POLICIAL ENQUADROU O SGT NANTES DA ROTA E FOLGOU COM ELE
Danilo SniderAté mandar abraço para todo mundo aí que...
Você já abordou alguém que chegou e falou assim: Hey mano, você já sabe quem eu sou.
Ah, direto. Eu tenho uma dessa aí. Aí, puta mano.
Eita, o Júlio.
Alô Júlio. O policial vai ficar com raiva de mim, mas eu vou falar... Olha aí, mano. O cara outro dia me abordou... Um dia... Vou falar, foi. Eu era recruto, isso aí é até bom, para o cara de repente aprender... Eu era aluno soldado, mano. Estava fazendo escola de soldado, era soldado de segunda classe. E aí, eu estava com a minha moto, tal, aí uma mulher passou o semáforo vermelho, deu na frente da moto, mas pegou só a roda, tá ligado? O meu rolling entortou a frente da E aí eu fui para registrar ocorrência. E na época, cheguei lá, cheguei no batalhão, que era o qual eu fazer escola, com a mulher, a mulher errada, assumindo que estava errada, eu eu compresse, estava indo para a faculdade. Aí eu lembro que eu cheguei lá, me apresentei lá na guarda, enfim, vim registrar ocorrência, tem todo protocolo nosso interno lá. Eu lembro que esse polícia, ele foi arrogante para caramba, ele começou a me tratar mal. Eu era alô de soldado. Aí eu... Na minha, tranquilo.
Falou para ele que era polícia?
Falei. Aí vai vendo. Aí na hora que ele foi qualificar eu no B. O, na frente da mulher, E ele falou: Você é o quê? Que polícia você não é ainda? Aí na hora eu olhei para ele e falei assim: você coloca o que você quiser aí, mas eu tomei posse do cargo e no meu oleria está escrito soldado de segunda classe. Mas E aí se você acha que eu não sou polícia, você coloca o que você quiser. O cara fazendo no intuito, mano, nunca tinha visto o cara, fazendo no intuito de me menos fresar. E eu acho uma puta sacanagem isso aí, é barato que eu não faça, pode ser o moleque mais recruta que for, eu Eu trato bem, eu trato as pessoas como eu gostaria de ser tratado. E esse cara foi puta de uma arrogante, puta de uma... Enfim. Aí ele colocou, inclusive, quando chegou para fazer, porque a PM me relata, e na hora de constar as avarias, ele veio constar, mano, e ele falou assim: Sua moto não fez nada. Eu falei: O louco, a frente está torta. Ele não constou alguns detalhes que ele deveria ter constado. Inclusive, eu tive trabalho do caramba para conseguir receber da seguradora da mulher.
Aí, beleza, me maltratou, zoou, Beleza? Aí dia, mano, aí passou o tempo, ano, dois anos, eu fui trabalhar... Um ano, não, nem ano. Alguns meses depois, eu estava trabalhando com o sargento. Aí eu comentei com ele esse fato, falei: Porra, me chateou, meu, por que o cara fez isso comigo? Não fiz nada para ele. Aí, à tarde, nós tínhamos bloqueio. A primeira moto que eu abordei, desceu cara falando isso aí: Você sabe quem que você está falando? Que aqui meu avô é coronel, que não sei o quê. Enfim, o cara esbravejando. E o que eu falei: Calma, amigo, dá o documento seu, o documento da moto. Não tinha o documento da moto. Aí, mano, fez que... O quê? Vou ter que recolher sua moto, tal. Eu vou ter que recolher sua moto. Ele era o quê, não? Mano, ele falava que o vô dele era coronel. Aí eu falei assim: Você está irregular, vou ter que recolher sua moto. Aí, beleza. O cara esbravejando, chama o sarjante, o sarjante, aqui, para situação assim, o cara está brigando. Aí ele atravessou: Eu vou ligar para o meu avô agora, meu. Vocês estão fudido, vou acabar com a vida de vocês.
Foi uma escarcel, cara. Meu, pode ligar, estou fazendo a multa aqui, mano. É o que tem que fazer, minha obrigação. Aí na época, eu estava fazendo. Daqui a pouco, quem que chega para intermediar? Adivinha? O parente dele. O policia que me maltratou lá atrás. Eita, porra. Aí olha como que o mundo dá volta, mano.
E era o tio dele?
Era irmão dele.
Que ele falava que era o coronel.
É, ele falou que era o coronel, era o irmão dele. Aí o policia que me maltratou lá atrás. E eu na moral, mano, não fiz nada para mais no dia, só fiz. Aí o policia chegou: Meu, que pau, eu falei: O Steve. Aí na época, o sargento... Eu E aí eu falei: O chefe, lembra que eu comentei com o senhor uma situação hoje cedo que eu achei injusta, esse polícia aí? E ele chegou me querendo ainda, porque ele era mais antigo, querendo me apavorar, e daí o sargento comprou na hora de interview, falou: Meu, dá tempo aí, expone no seu lugar, e e continuei fazendo o trabalho que tinha que ser feito. Aí no dia, passou tempo, ele ainda quis falar mal de mim, tal, para os outros polícias, só que graças a Deus, sempre tive, desde o início eu tive relacionamento muito bom. E na época que ele tentou falar mal de mim, uma parte de polícia, eu comprou e falou: mano, você está falando do cara errado. Esse moleque é da hora. Enfim, acho que foi uma situação que de repente ficou uma reflexão aí, que a gente não é melhor que ninguém e nada como dia após o outro dia.
Se você pisar em alguém hoje, mano, amanhã, essa pessoa aí pode estar numa posição diferente.
Eu falo isso pelo podcast, que muita gente que eu chamei no começo não queria ir, depois não viu sua mensagem, cara. Você me chamou? Eu chamei oito meses atrás, filho da puta.
Em cada episódio, mergulhamos em conversas profundas e autênticas, mas lembre-se: as opiniões expressas pelos nossos ...