Transcript of ESSE POLICIAL QUE APARECE NOS PODCASTS FALANDO QUE M4TOU VÁRIOS, NUNCA M4TOU NINGUEM!

O cara puxou dele. Eu fiquei... Os caras nem me viram, não tinha nada a ver. Olha se eu atiro nos caras, mano. Nossa... Não, mas você fica... É negócio... Demorou quase dois, três meses para eu voltar à calma, cara. Então, meu, eu imagino que o aprígio está passando agora, ainda mais sendo civil, nunca passou por isso. A situação traumática que ele está fazendo, quando aproveitasse, se tiver alguém de tabuão assistindo aí, estamos orando pelo aprígio. Se Deus quiser, logo ele vai estar bem.

É isso aí, mano. Você é louco.

É aquele negócio, às vezes a gente vê alguns, não aqui, mas a gente vê uns podcasts, o cara fala: Ah, paca, eu troquei, tirei no olho do lado, não existe isso. Existe isso, existe isso, Chefe, não existe.

Não existe, eu tenho lustro.

Loga de tiro, você atira para você se defender.

Eu nunca tirei em ninguém, mas eu posso imaginar a adrenalina que é quando você dá tiro em alguém, mano.

Eu tenho o costume de não falar mal de ninguém. Entendeu? Às vezes, eu sou até criticado por isso, mas não é do meu feitil. Mas Tem que citar nomes, às vezes eu vejo uns caras falando uns negócios que falam: Meu, não é possível, esse cara nunca matou ninguém, esse cara nunca teve no tiro. Porque matar cara não é legal. Mesmo que seja... Pode ser o pior na hora, você está eufórico, o cara atirou em você, você atirou no cara ou numa vítima, então naquela hora, a adrenalina mil, dois mil por hora, tudo bem, na hora a gente fica dando risada, mas depois você para falar: Meu, matei cara. E fora aqueles caras que vão na viatura e choram: Não, minha família, foda-se, porque ele escolheu o caminho. Mas depois você começa a lembrar do cara morrendo ali, pedindo pelo amor de Deus, chorando, que vai deixar a mulher, filho, é complicado. E a gente que é homem, que é pai de filho, que é avô, a gente fala: Meu, é difícil. Então tem que: Olha aí na cara, deu tiro na boca do cara e vou sanguilando. Para, para, para. Não, é pior que tem, mano.

Para, e a gente ficou olhando...

Cara, sem contar que os caras falaram: E aí, o que você se sentiu? É, eu vou tomar uma lá de boa para o caramba, você acabou de trocar tiro, você jogou Ondeiro, você arrebenta no pandeiro, mano.

Fica assim, cara. E o coraçãozão, velho. Que a gente na rota chamava de leão de pátio, aqueles caras que dê no pátio, são os leãozão. Quando chega na viatura, na hora de arrebentar, mesmo, você olha do lado, não tem ninguém. Queima as costas. Eu tinha sargento assim... O que é o escapamento da viatura? Eu tinha sargento que era bilão, corredor, atleta, fortão, barriguinha, sabe? Tanquinho... Tanquinho, tal... Aí no dia que nós cruzamos com o bicho, eu era segundo tenente ainda. E naquela época, a gente levava sargento na viatura. Onde eu cheguei, cara, a ordem do comando da PM. Meu, eu olhei para o lado, o Cabo Claudio do meu lado, o outro do Bozão do outro lado, cadê o cara? Não achei, mano. Não achei. Não cheia. A gente tem o porta-luvas. Não sei. Tem muito disso. O cara que depois vem contar: É que nós chegamos O cara me arrebentamos, tal. Aí você fica olhando assim e fala: Ah, tá.

Ah, tá. Está bom, eu te conheço.

Está bom. Conheço sua história, negão. Não vem contar a história para o tio ou não. Por isso que eu vejo muitas vezes os cara falando... Até os cara que fala de mim, eu fico olhando uns bonecos falando besteira da gente. Eu falo: Meu, quem se derruela na fila do pão, brother? O cara nunca vinha ladrão de frente. O cara nem cana, nem flagrante o cara deu, meu irmão. Os cara que foram, não aguentaram ser soldado na polícia, pediram baixa. Não tiveram as manhas de ser polícia, vim querer falar Onde outros colegas nossos, que é isso? E o pior, tem monte de cara que dá ouvido para esses idiotas. Dá ouvido para esses caras.

Mas sabe quem dá ouvido para esses caras? É os caras que não gostam da polícia. Eles quer o quê? Eles quer alguém que faale mal na polícia para estar junto, porque eles sozinhos, os caras não conseguem nada. Eles pegam alguém que fala mal da polícia e vai lá. Fala vamos nesse cara aqui, mano, que ele está metendo o pôr nos caras, vamos apoiar ele.

O cara é bravo, o cara é macho. Falou do coronel, falou do serjente.

Não, não. Acha que Isso daí é... As comédias. Eu tenho por mim... Às vezes tem cara que fala que eu sou puxar saco do oficial. Tem cara que fala: O cara, você é puxar saco do oficial. Mas é assim, eu sempre fui, sempre tive em mim, de manter bom relacionamento em qualquer lugar.

O Nantes veio aqui, não veio? Veio. O Nantes foi eleito com mais de 100, quarto mais votado de São Paulo, mais de 112 mil. Eu fiz a campanha do Nantes, eu sou o puxar saco do Nantes? Porra, nós somos amigos, a gente se respeita, caralho. Exatamente. Do soldado ao coronal, nós que somos patroleros, nós que somos patroleros, a gente se respeita, meu irmão, principalmente quando o cara é guerreiro, a gente se respeita. Então não tem esse negócio de oficial em praça, essa putaria.

Tem tempo da mole em todo lugar, né, mano?

Todo lugar, de coronel a soldado. De coronel a soldado, no hospital, em qualquer lugar.

Ah, mas o coronel fudeu minha vida. Então é o cara, mano, o problema está no cara, caralho.

Eu não tinha tempo do cara me prejudicar porque eu pegava a minha viatura e ia para a rua trabalhar. Eu também não. E uma coisa você pode ter certeza, o cara que trabalha, eu não conheço cara que trabalha que é perseguido na PM.

Ou que fica perdendo tempo com besteira. Não fica perdendo. Ou o cara está na viatura ou está fazendo o bico.

Ou com a família. Então, para mim, esses caras que ficam aí só batendo, batendo, batendo, é cara frustrado.

Não, mas aí também é questão de sorte, mano. É que nem uma empresa. Você trabalha numa empresa, o gerente, o gerente, o dono da empresa é da hora. O cara te entende. Mas aí você mudou de plano, você foi para uma outra, você chega lá, você para cá, você foi o sargento nativa?

Nativa. Foi sargenta? Está bem. Então, você foi cabo, soldado, sargento. Quantos tenente babaca você pegou? Um monte. Sargento babaca, monte. Eu peguei como tenente monte de capitão que queria me enferrar.