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Transcript of POLICIAL FALA A VERDADE DE COMO ERA TRABALHAR COM DELEGADO PALUMBO NA POLÍCIA

Danilo Snider
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00:00:00

Foi gostoso aquela conversal.Ele foi bonito.É, mas assim...

00:00:03

Porque os caras não vêm da onde vem.

00:00:06

Foi uma coisa gostosa.

00:00:07

Onde está vindo esses tiros, mano? De onde está vindo esses tiros, porra? Vocês estavam com o viatudo descaracterizada, é tudo?

00:00:13

Descaracterizada, mano. Depois ligamos os highlights, ele: Porra, polícia.Mas.

00:00:16

Os caras se ligaram depois.Eles.

00:00:18

Aceleraram, mano. Se ligaram que eles tiraram a volta. Acelerou, subiu.

00:00:22

Vocês bebeu: O que é que você está aí? Depois: Liga os highlights, polícia, cara.

00:00:25

Passou uma moto, você está no escapamento.

00:00:29

Porra, é que nem que é das antigas, meu. Tinha que verbalizar. Só esquecer de falar se era antes ou depois dos tiros.

00:00:36

Não, a verbalização teve. Só não lembro se foi antes ou depois.

00:00:41

A hora da verbalização é que a gente não entende se é antes ou depois.

00:00:45

É que é muito rápido.

00:00:46

Tem hora que dá para fazer antes, tem hora que dá para fazer depois. O importante é fazer. Está nos altos lá. Verbalizar, verbalizamos. Já era.

00:00:54

É, cara, a gente teve bastante ocorrência, cara. 20 anos junto é muita treta, muito trabalho. O cara, cara... E o pior, conta lá quando começou a dar os flagrantes que eu te enchi o saco, falei: Jáponeido, você não está aguentando isso aqui de diadema, que eu vim em diadema lá...

00:01:11

O Chubou, a gente se apresentou, na verdade, eu conheci o Chubou na época do GOI, 2005 para 2006, a gente se apresentou, eu me apresentei uma semana, depois ele se apresentou lá na época do grupo 50, do Dr. Mário Palumbo, o TMI do grupo 50, na época que todo mundo falava: Você vai para o 50, grupo 50 é o que mais trabalho. Então é isso aqui, irmão, que eu quero trabalhar. E aí a gente pegou logo cavalete lá no 89 TP, não era 89 TP? 89 TP. Uma tonelada de maconha que os caras tinham dado cana, nem sei quem que era. Se eu sei que a gente está virado, eu falar: Poxa, irmão, a gente está aqui na viatória e na viatura do goi e na viatura do goi a gente quer prender ladrão, ficar aqui tomando conta de maconha, cara, ainda droga apreendida de outra cana, de não sei de quem que é, vai se foder. Aí ele aqui chegou do lado, nem conhecia o Rafael, ele tinha vindo de diadema, estava dando as canas lá.

00:01:59

Termina diadema, meu irmão.

00:02:01

Diabodema.

00:02:02

Diabodema. Aí eu não conhecia ele bem, ele estava virado também, a gente estava virado na viatura, parado lá no 89, ele falou: Irmão, como que faz para não ficar aqui? Eu não estou aguentando isso aqui, cara, eu que prender vagabundo, caralho. Aí Eu falei para ele: Irmão, tem que correr atrás do ladrão, correr, dar as canas. Caralho, é isso? Falei: É isso? Então espera aí. Ele já pegou o telefone dele, não sei o quê, começou a ligar para o comparado e falei: Nossa, o que ele está fazendo? Você acha que ele está ligando para a mãe dele, sei lá, para chorar as pitangas lá, que está... Chorar as máguas. Chorar as máguas para a mãe dele, não sei o quê? Que nada, cara. Ele já foi ligando nas informações para saber se, de repente, onde que estava o... Vamos falar verdade, por isso você trabalha com informação, Cássaro.

00:02:45

Informação, não, informação...

00:02:46

Esse negócio de para, cai do céu, cai do céu, mas não é assim. Para você prender os ladrões mesmo, tem que ser na informação. Você tem que ter informação. Então não adianta. Aí já fui ligando para o Paulo para o Tadu, eu disse: O quê? Mano, do céu, no dia seguinte, isso é louco, cara. Aí começou. Só praia. E foi, e o uno atrás do outro. E às vezes até dois por dia, cara.

00:03:02

Oito por mês. Dr. Palumbo, na viatura dele...

00:03:06

Mas a gente ficava competindo, na verdade, do piloto 50. Para quem prendia mais, porque o piloto 50, que era o Dr. Palumbo, pedia seis, pedia sete, e a gente ficava na bota. Muitas vezes, a gente até passava ele. Só não passava muito, porque passar o piloto muito, não pode. Você está ligado. Hierarquia, não é? Não, não pode. Às vezes empatava, muitas das vezes empatava, mas nunca passava. A gente sempre ficava na cola ali e já era. Nunca mais pegamos cavalete nenhum, Castro. Te juro. Isso é importante, cara. Depois desse dia, mas também nunca mais saí do lado do Rafael. Nunca mais separou. Não, aí ficou. Porque a gente ficou tendo o canto para a gente trabalhar. Zona Leste, Zona Sul, Zona Norte, Centro. São Paulo inteiro, cara. Todo lugar. Todo lugar, todo lugar, a gente deu para caramba, muito para cadeira.

00:03:47

No São Paulo inteiro, a gente deu muita cana, mas muita mesmo, com força, é com força. Porque a gente trabalhava, porque o doutor Palombo é assim, cara, ele nunca gostou de vagabundo. Nunca, nunca, isso não passa que eu vou me lançar pela cabeça, quem era vagabundo, nem ficava.

00:04:02

Ah, não, mas polícia não pode gostar de vagabundo.

00:04:04

Não, mas eu digo funcionário vagabundo. É. Que não rende, que não produz, entendeu? E aí o que acontece? Porque a nossa finalidade aqui é prender os outros, a gente é polícia, cara, é prender ladrão. As O que é o lado de ladrão. A gente dá paz para o bairro, sabe? Essa região aqui da área do Meia Meia, que eu e o Japone vemos aqui, mano, muito aqui, muita essa região.

00:04:23

Mano do céu, era tal de ladrão de carro, era tal de ladrão de moto, era tráfico de drogas, era procurado, era tudo, velho, tudo. Aqui era do lado do lado do Canão, lá?

00:04:32

Não, o Canão é lá no Zona Sul.

00:04:34

Que é o Matapurco, não é?

00:04:36

Não, o Matapurco é aqui.

00:04:37

O Matapurco é na Moca, ali.

00:04:38

Não, o Matapurco é aqui na Vila Diva, aqui.

00:04:41

Então, o Matapurco faz parte da Moca, ali. Eu trabalhei naquela área, O que a gente foi nessa região do Matapurco, rapaz, ali, não sei como é que está agora. Foi uma favelinha pequenininha, cara, mas era embaçada.

00:04:54

A gente prendeu muito, ali.

00:04:56

Muito, muito, muito. É isso aí, pequenininha, mas era embaçada.

00:04:58

Era o ladrão ia do lado, espantava do lado, tinha vinha do outro, aí descia aqui, o ladrão corria.

00:05:04

O mano, mas a gente tinha uma aquela velinha do Matapurco, que eu descia muito ali quando eu estava nas Rocam, cara. É aquelas vialinha mesmo.

00:05:10

Descia aquelas velhas de moto.

00:05:11

Descia aquelas velhas de moto. Era apertada, ali. Apertadinho, descia.

00:05:13

E uma escadinha para fazer...

00:05:16

Isso aí é lá embaixo, lá.

00:05:17

É, porque sai lá embaixo, sai na rua de trás. Isso aí, é essa daí, mano, é essa daí que a titia é direto.

00:05:21

Essa laveira do Matapurco aí era pequena, mas ela era embaçada. É chata. Chata, chata para caramba.

00:05:27

Pegamos procurado lá já. O cara todo malandrão, Não, senhor, espera aí, só sai aqui para comprar negócio. Sabe o quê? O negócio do pai? Você sai para comprar cigarros? E não voltou porque a gente prendeu ele. Fala amor, espera aí que eu estou saindo. Eu vou comprar o cigarros e já volto. Não, não deu, eu troubeu o gói no caminho, tombeu no cu.

00:05:46

Já era. Todo tráfico de drogas. Acho que foi isso. Aí nós pegamos o cara e também saímos da viera, nós estávamos chegando com as roucanhas e bordamos o cara. Aí, cadê o seu documento? Estou sem documento, sabe o seu RG de cor? Sei. Você tem alguma bronca, mano? Não tenho nada, senhor, não tenho nada. Não tem nada, zero? Vou confirmar. Não tem nada. Berrou. Crime do leite.

00:06:04

Devendo pensão. Nossa, irmão, isso aí...

00:06:07

Isso daí para gente, cara, é chato, cara.

00:06:10

É chato.

00:06:11

Não, berrou, berrou no copão, tem que levar. Já era, já era. Mas é chato, cara. É chato porque você vai perder tempo para levar cara que, porra, o cara não é criminoso. O cara simplesmente não pagou a pensão. Aí chegou o patrão do cara: Não, eu vou pagar agora a pensão atrasada dele. Não é assim.

00:06:28

Não é assim. Não, senhor, não é assim. Cantou lá, já era.

00:06:31

Me piora, uma sexta-feira.

00:06:33

E dormiu três dias na cadeira.

00:06:34

Aí levamos o cara lá para o 18DP, que é na Moca. Na Moca, lá no 18DP. Aí, de lá, já ficou. Que segunda-feira, o caramba. Segunda-feira vai dar entrada. Até saiu o Alvará. Até saiu o Alvará dele e o cara chorava que nem criança.

00:06:50

Vai dormir uns dias na cadeira.

00:06:51

O senhor, pelo amor de Deus, eu falei para você, porque na moral, se o cara... A gente aborda o cara, aqui ninguém é hipócrita. A gente aborda o cara, o senhor, mano, estou devendo uma pensãozinha aí, senhor, vai atrasar meu lado, você vê que o cara é trava... Porque na ideia, a gente sabe se o cara é trabalhador. É isso mesmo. Inclusive o cara estava indo trabalhar, mas só que aí já era.

00:07:10

Não, aí já era, aí não tem que fazer. Pensou em imetir, você tinha que depositar, irmão, só duas coisas, se visse que não tem jeito, mano, cachão.

00:07:17

E a partir do momento que você jogou lá para o copom, o indivíduo aí está procurado- Ele vai soltar o procurado lá, não é? É crime administrativo.

00:07:23

Não, porque ele solta juiz, irmão, para, não tem.

00:07:25

Então, é mano.

00:07:26

Aí eu falei para ele: Sinto muito. Aí eu chamei uma quatro rodas, que a gente estava de Rocana, eu chamei uma quatro rodas e vai lá para o DP, lá para o 18 DP, que ali na Moca, os caras ficam no 18 DP.

00:07:37

É, que é o Distrito de Realidade que recebe os pensões. É umas canas mais light que a gente fala.

00:07:44

Mais light, é as canas mais light.

00:07:44

Não dá para misturar também pensão com o traficante, aí que ele vira o mesmo ladrão, caraca.

00:07:49

Fica muito os cantores lá. Quando eu ia lá no Deuco, eu falei: Tem algum cantor, tem algum famoso? Tem algum famoso, já ia? A escrima falou: Hoje não tem nem famoso.

00:07:59

O goleiro do Flámer. O cara está perguntando aqui, mano, a opinião de vocês sobre o The Hit.

AI Transcription provided by HappyScribe
Episode description

Em cada episódio, mergulhamos em conversas profundas e autênticas, mas lembre-se: as opiniões expressas pelos nossos ...